sábado, abril 30, 2011

Olhos


" Na tela do meu coração, os seus olhos é a pintura mais bela q existe..! "

Amizade!

" Por mais longe que as pessoas estejam, o verdadeiro amigo sempre nos acompanha em nossos corações..!"

Felicidade

" em busca da Felicidade.. ! "

Beija-Flor


" Queria ser um Beija-flor! ..para Beijar a mais linda flor..! (você) .."

Sigo a Ti Senhor!

  
Sigo o caminho da Verdade, Sigo a Ti Senhor!!

Family

Familia..
Meus Pais..! Meu Porto Seguro.. Meu Alicerce.. Meus Amores.. Meu Tudo.. AMOOO!
Dedicado com carinho aos meus amados pais!

Esperanças e Consolações!


Capítulo I – Penalidades e Prazeres Terrenos
 
Felicidade e Infelicidade Relativas
920 O homem pode desfrutar na Terra de uma felicidade completa?

– Não, uma vez que a vida lhe foi dada como prova ou expiação; mas depende dele amenizar esses males e ser tão feliz quanto se pode ser na Terra.

921 Concebe-se que o homem será feliz na Terra quando a humanidade estiver transformada. Mas, enquanto isso, cada um pode garantir para si uma felicidade relativa?

– O homem é quase sempre o agente de sua própria infelicidade. Ao praticar a lei de Deus, se pouparia dos males e desfrutaria de uma felicidade tão grande quanto o comporta sua existência grosseira.

*O homem bem compenetrado de sua destinação futura vê na vida corporal apenas uma estação temporária. É como uma estada passageira numa hospedaria; ele se consola facilmente de alguns desgostos passageiros de uma viagem que deve conduzi-lo a uma posição tanto melhor quanto melhor tenha se preparado.

Somos punidos, já nesta vida, pelas infrações às leis da existência corporal, pelos males que são a conseqüência dessa infração e de nosso próprio excesso. Se voltarmos gradativamente à origem do que chamamos de nossas infelicidades terrenas, as veremos, na maioria das vezes, como conseqüência de um primeiro desvio do caminho reto. Por esse desvio, entramos no mau caminho e, de conseqüência em conseqüência, caímos na infelicidade.

922 A felicidade terrena é relativa à posição de cada um; o que basta à felicidade de um faz a infelicidade de outro. Existe, entretanto, uma medida de felicidade comum a todos os homens?

– Para a vida material, é a posse do necessário; para a vida moral, a pureza da consciência e a fé no futuro.

923 O que é supérfluo para uns não se torna necessário para outros e, reciprocamente, conforme suas posições na sociedade?

– Sim, de acordo com vossas idéias materiais, preconceitos e ambição, e todos os caprichos ridículos aos quais o futuro fará justiça quando compreenderdes a verdade. Sem dúvida, aquele que tinha um valor de cinqüenta mil de renda e que agora só tem dez acredita ser bem infeliz, porque não pode mais ter uma grande soma, ter o que chama de sua posição, seus cavalos, criados, satisfazer todas as suas paixões, etc. Acredita não ter o necessário; mas, francamente, achais que ele tem direito de se lamentar, quando ao seu lado há quem morre de fome e frio e não tem um abrigo para repousar a cabeça? O homem sábio, para ser feliz, olha abaixo de si e nunca acima, a não ser para elevar sua alma ao infinito. (Veja a questão 715.)

924 Existem males que independem da maneira de agir e que atingem até o homem mais justo; tem ele algum meio de se preservar deles?

– Ele deve se resignar e suportá-los sem lamentações, se quiser progredir; mas sempre possui uma consolação na sua consciência que lhe dá a esperança de um futuro melhor, se faz o que é preciso para obtê-lo.

925 Por que Deus favorece com os dons da riqueza certos homens que não parecem merecê-los?

– É um favor que se apresenta aos olhos daqueles que vêem apenas o presente; mas, sabei bem, a riqueza é uma prova freqüentemente mais perigosa do que a pobreza. (Veja a questão 814 e seguintes)

926 A civilização, ao criar novas necessidades, não é a fonte de novas aflições?

– Os males desse mundo ocorrem em razão das necessidades falsas que criais. Aquele que sabe limitar seus desejos e vê sem inveja o que está acima de si poupa-se das decepções nessa vida. O mais rico dos homens é aquele que tem menos necessidades.

Invejais os prazeres daqueles que parecem os mais felizes do mundo; mas sabeis o que lhes está reservado? Se desfrutam desses prazeres somente para si, são egoístas, então virá o reverso. De preferência, lastimai-os. Deus permite algumas vezes que o mau prospere, mas essa felicidade não é para ser invejada, porque a pagará com lágrimas amargas. Se o justo é infeliz, é uma prova que lhe será levada em conta, se a suporta com coragem; lembrai-vos dessas palavras de Jesus: “Felizes os que sofrem pois serão consolados”.

927 O supérfluo não é certamente indispensável à felicidade, mas o mesmo não acontece com o necessário. Não é real a infelicidade daqueles que não têm o necessário?

– O homem só é verdadeiramente infeliz quando sofre com a falta do que é necessário à vida e à saúde do corpo. Essa carência talvez ocorra por sua própria culpa; então, deve queixar-se somente de si mesmo. Se for causada por outros, a responsabilidade recai sobre aquele que a causar.

928 Pela especialidade das aptidões naturais, Deus indica evidentemente nossa vocação neste mundo. Muitos males não surgem por não seguirmos essa vocação?

– É verdade, e são freqüentemente os pais que, por orgulho ou vaidade, fazem seus filhos saírem do caminho traçado pela natureza e, por causa desse deslocamento, comprometem sua felicidade. Serão responsabilizados por isso.

928 a Assim, acharíeis justo que um filho de um homem bem posicionado na sociedade fizesse tamancos, por exemplo, se for essa sua aptidão?

– Não é preciso cair no absurdo nem exagerar. A civilização tem suas necessidades. Por que o filho de um homem bem posicionado, como dizeis, faria tamancos, se pode fazer outra coisa? Ele poderá sempre se tornar útil na medida de suas aptidões, se não as contrariar. Assim, por exemplo, em vez de ser um mau advogado, poderia talvez tornar-se um bom mecânico, etc.

*O deslocamento dos homens para fora de sua esfera intelectual é certamente uma das causas mais freqüentes de suas decepções. A falta de aptidão à carreira abraçada é uma fonte perene de reveses; depois, o amor-próprio, vindo juntar-se a isso, impede o homem fracassado de procurar recursos numa profissão mais humilde e lhe mostra o suicídio como remédio para escapar do que acredita ser uma humilhação. Se uma educação moral o tivesse elevado acima dos tolos preconceitos do orgulho, ele nunca seria apanhado de surpresa.

929 Existem pessoas que, sentindo-se carentes de todos os recursos, mesmo que a abundância reine ao seu redor, têm somente a morte como perspectiva; nesse caso o que devem fazer? Devem se deixar morrer de fome?

– Não se deve nunca ter a idéia de se deixar morrer de fome porque sempre encontrará um meio de se alimentar, se o orgulho não se colocar entre a necessidade e o trabalho. Diz-se freqüentemente: não há nenhuma profissão humilhante, nenhum trabalho desonra; diz-se para os outros e não para si.

930 É evidente que, isento dos preconceitos sociais pelos quais se deixa dominar, o homem sempre encontrará um trabalho qualquer que o ajude a viver, mesmo deslocado de sua posição; mas entre as pessoas que não têm preconceitos ou que os colocam de lado não existem aquelas que estão na impossibilidade de prover às suas necessidades em conseqüência de doenças ou outras causas independentes de sua vontade?

– Numa sociedade organizada de acordo com a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome.

*Com uma organização social sábia e previdente, o homem pode carecer do necessário apenas por sua culpa, mas mesmo essas suas faltas são geralmente o resultado do meio onde vive. Quando o homem praticar a lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na solidariedade, e ele mesmo também será melhor. (Veja a questão 793.)

931 Por que, na sociedade, as classes sofredoras são mais numerosas do que as felizes?

– Nenhuma é perfeitamente feliz, e o que se acredita ser felicidade esconde freqüentemente grandes aflições. O sofrimento está por toda parte. Entretanto, para responder ao vosso pensamento, direi que as classes que chamais de sofredoras são mais numerosas, porque a Terra é um lugar de expiação. Quando o homem fizer dela sua morada do bem e dos bons Espíritos, não mais será infeliz e viverá no paraíso terrestre.

932 Por que, no mundo, os maus têm geralmente maior influência sobre os bons?

– É pela fraqueza dos bons; os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos; quando estes últimos quiserem, dominarão.

933 Se muitas vezes o homem é o causador de seus sofrimentos materiais, também será dos morais?

– Mais ainda, porque os sofrimentos materiais são algumas vezes independentes da vontade; mas o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, enfim, são torturas da alma.

A inveja e o ciúme! Felizes aqueles que não conhecem esses dois vermes roedores! Com a inveja e o ciúme não há calma nem repouso possível para aquele que está atacado desses males: os objetos de sua cobiça, seu ódio, seu despeito se dirigem a ele como fantasmas que não lhes dão nenhuma trégua e o perseguem até durante o sono. O invejoso e o ciumento vivem num estado de febre contínua. Será essa uma situação desejável, e não compreendeis que com suas paixões o homem criou para si suplícios voluntários, e que a Terra torna-se para ele um verdadeiro inferno?

*Várias expressões refletem energicamente os efeitos de certas paixões; diz-se: estar inchado de orgulho, morrer de inveja, secar de ciúme ou de despeito, por ciúmes perder o apetite, etc.; esse quadro não deixa de ser verdadeiro. Algumas vezes o próprio ciúme não tem objetivo determinado. Existem pessoas naturalmente ciumentas de tudo que se eleva e sai do comum, mesmo que não tenham nenhum interesse direto nisso, mas unicamente porque não o podem atingir. Tudo o que parece estar acima do horizonte as ofusca, e se estivessem em maioria na sociedade desejariam reconduzir tudo a seu nível. É o ciúme aliado à mediocridade.

O homem é, muitas vezes, infeliz apenas pela importância que dá às coisas deste mundo; é a vaidade, a ambição e a cobiça frustradas que fazem sua infelicidade. Se ele se coloca acima do círculo estreito da vida material, se eleva seus pensamentos ao infinito, que é a sua destinação, as contingências da humanidade lhe parecem, então, mesquinhas e fúteis, como as tristezas de uma criança que se aflige com a perda de um brinquedo que representava sua felicidade suprema.

Aquele que vê felicidade apenas na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros fica infeliz quando não pode satisfazê-los; no entanto, aquele que não se interessa pelo supérfluo fica feliz com o que tem e que os outros considerariam uma grande desgraça, uma insignificância.

Falamos do homem civilizado porque o selvagem, por ter necessidades mais limitadas, não tem os mesmos motivos de cobiça e de angústias: sua maneira de ver as coisas é completamente diferente. Civilizado, o homem raciocina sobre sua infelicidade e a analisa; é por isso que se sente mais afetado por ela; mas também pode raciocinar e analisar os meios de consolação. Essa consolação está no sentimento cristão, que dá a esperança de um futuro melhor, e no Espiritismo, que dá a certeza desse futuro.


O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Parte Quarta, "Esperanças e Consolações”, cap.I– "Penalidades e Prazeres Terrenos",

Leis Morais


Capítulo I – Lei Divina ou Natural

Características da Lei Natural


614 O que se deve entender por lei natural?

– A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem; ela lhe indica o que deve ou não fazer, e ele é infeliz somente quando se afasta dela.

615 A lei de Deus é eterna?

– Eterna e imutável como o próprio Deus.

616 Deus ordenou aos homens, numa época, o que lhes proibiu em outra?

– Deus não pode se enganar; são os homens que são obrigados a mudar suas leis, porque são imperfeitos; mas as leis de Deus são perfeitas. A harmonia que rege o universo material e o universo moral é fundada sobre as leis que Deus estabeleceu para toda a eternidade.

617 Que objetivos abrangem as leis divinas? Elas se referem a outra coisa além da conduta moral?

– Todas as leis da natureza são leis divinas, uma vez que Deus é o criador de todas as coisas. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda as da alma e as pratica.

617 a É permitido ao homem se aprofundar em ambas?

– Sim, mas uma única existência não basta.

* Que são, de fato, alguns anos para adquirir tudo o que constitui o ser perfeito, se considerarmos apenas a distância que separa o selvagem do homem civilizado? A mais longa existência possível de imaginar é insuficiente e com maior razão quando é abreviada, como acontece com muitos. Entre as leis divinas, umas regem o movimento e as relações da matéria bruta: são as leis físicas, cujo estudo é do domínio da ciência. Outras dizem respeito especialmente ao homem em si mesmo e em suas relações com Deus e com seus semelhantes. Elas compreendem as regras da vida do corpo como também as da vida da alma: são as leis morais.

618 As leis divinas são as mesmas para todos os mundos?

– A razão diz que devem ser apropriadas à natureza de cada mundo e proporcionais ao grau de adiantamento dos seres que os habitam.


Origem e Conhecimento da Lei Natural

619 Deus deu a todos os homens meios de conhecer Sua lei?

– Todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem; os que a compreendem melhor são os homens de bem e os que procuram pesquisá-la; entretanto, todos a compreenderão um dia, porque é preciso que o progresso se realize.

* A justiça das diversas encarnações do homem é uma conseqüência desse princípio, uma vez que a cada nova existência sua inteligência é mais desenvolvida e compreende melhor o bem e o mal. Se tudo devesse se cumprir numa única existência, qual seria a sorte de tantos milhões de seres que morrem a cada dia no embrutecimento da selvageria ou nas trevas da ignorância, sem que tivesse dependido deles o esclarecimento? (Veja as questões 171 e 222.)

620 A alma, antes de sua união com o corpo, compreende a lei de Deus melhor que depois de sua encarnação?

– Compreende-a conforme o grau de perfeição que atingiu e conserva disso a lembrança intuitiva depois de sua união com o corpo; contudo, os maus instintos do homem o fazem esquecer-se dela.

621 Onde está escrita a lei de Deus?

– Na consciência.

621 a Uma vez que o homem traz inscrita na consciência a lei de Deus, há necessidade que lhe seja revelada?

– Ele a esqueceu e a menosprezou; Deus quis que ela fosse lembrada.

622 Deus deu a alguns homens a missão de revelar Sua lei?

– Sim, certamente; em todos os tempos houve homens que receberam essa missão. São os Espíritos Superiores encarnados com o objetivo de fazer a humanidade avançar.

623 Aqueles que pretenderam instruir os homens na lei de Deus não estavam algumas vezes enganados e, freqüentemente, não fizeram com que se transviassem por meio de falsos princípios?

– Aqueles que não são inspirados por Deus e que, levados pela ambição, se disseram portadores de uma missão que não tinham, certamente puderam desviá-los. Entretanto, como eram de fato homens de gênio, mesmo no meio dos erros ensinados muitas vezes encontram-se grandes verdades.

624 Qual é o caráter do verdadeiro profeta?

– É um homem de bem, inspirado por Deus. Pode-se reconhecê-lo por suas palavras e ações. Deus não se serviria da boca de um mentiroso para ensinar a verdade.

625 Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo?

– Jesus.

* Jesus é para o homem o exemplo da perfeição moral a que pode pretender a humanidade na Terra. Deus nos oferece Jesus como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque era o próprio Espírito Divino e foi o ser mais puro que apareceu na Terra.


Se alguns daqueles que pretenderam instruir o homem na lei de Deus algumas vezes o desviaram, ensinando-lhe falsos princípios, foi por se deixarem dominar por sentimentos muito materiais e por ter confundido as leis que regem as condições da vida da alma com as do corpo. Muitos anunciaram como leis divinas o que eram apenas leis humanas criadas para servir às paixões e dominar os homens.

626 As leis divinas e naturais só foram reveladas aos homens por Jesus e, antes dele, tinham conhecimento delas apenas pela intuição?

– Não dissemos que elas foram escritas em todos os lugares? Todos os homens que meditaram sobre a sabedoria puderam compreendê-las e ensiná-las desde os séculos mais remotos. Com os seus ensinamentos, mesmo incompletos, eles prepararam o terreno para receber a semente. Estando as leis divinas escritas no livro da natureza, o homem pôde conhecê-las quando as quis procurar. Eis por que os preceitos que consagram foram proclamados em todos os tempos pelos homens de bem e é por isso, também, que se encontram seus elementos na doutrina moral de todos os povos saídos da barbárie, embora incompletos ou alterados pela ignorância e pela superstição.

627 Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual é a utilidade do ensinamento dado pelos Espíritos? Terão a nos ensinar alguma coisa a mais?

– A palavra de Jesus era, muitas vezes, alegórica e em parábolas, porque falava de acordo com os tempos e os lugares. É preciso agora que a verdade seja inteligível para todo mundo. É preciso também explicar e desenvolver essas leis, uma vez que há tão poucas pessoas que as compreendem e ainda menos as que as praticam. Nossa missão é de abrir os olhos e os ouvidos para confundir os orgulhosos e desmascarar os hipócritas: aqueles que tomam as aparências da virtude e da religião para ocultarem suas baixezas. O ensinamento dos Espíritos deve ser claro e inequívoco, a fim de que ninguém possa alegar ignorância e cada um possa julgá-lo e apreciá-lo com a razão. Estamos encarregados de preparar o reino do bem anunciado por Jesus; por isso, não é correto que cada um possa interpretar a lei de Deus ao capricho de suas paixões nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.

628 Por que a verdade nem sempre foi colocada ao alcance de todos?

– É preciso que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: é preciso se habituar a ela pouco a pouco; de outro modo, fica-se deslumbrado.

* Nunca ocorreu que Deus permitisse ao homem receber comunicações tão completas e instrutivas como as que lhe é dado receber hoje. Havia, como sabeis, na Antiguidade, alguns indivíduos que estavam em poder do que consideravam uma ciência sagrada e da qual faziam mistério aos que, de acordo com o seu julgamento, eram profanos. Deveis compreender, com o que conheceis agora das leis que regem os fenômenos das comunicações dos Espíritos, que esses indivíduos recebiam apenas algumas verdades esparsas no meio de um conjunto equívoco e, a maior parte do tempo, simbólico. Entretanto, não há para o homem estudioso nenhum antigo sistema filosófico, nenhuma tradição, nenhuma religião a negligenciar, pois em tudo há os germes das grandes verdades que, ainda que pareçam contraditórias, esparsas que estão em meio a acessórios sem fundamento, são muito fáceis de entender, graças à chave que o Espiritismo dá para uma multidão de coisas que puderam, até aqui, parecer sem razão e que, hoje, a realidade vos demonstra de uma maneira irrecusável. Não deixeis, portanto, de tirar dessas matérias assuntos de estudo; elas são muito ricas e podem contribuir muito para a vossa instrução.


O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Parte Terceira, "Leis Morais”, cap.I– "Lei Divina ou Natural",

Pensamento e Inércia!

  
Pensamentos de Simplicidade.. Eh Nobresa! Transcendem a Grandesa e a Pureza da Alma!  

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O Livro : Dádiva de Céu!


O Livro: Dádiva do Céu

Quando o Divino Mestre, nascituro, abria os braços tenros à luz suave da noite, na estrebaria singela, eis que fulgura no alto sublimada estrela...

E quantos velavam na Terra compreenderam que o Divino Rei havia nascido.

Toda a província Romana da Palestina recebeu, de improviso, na claridade silenciosa, do astro solitário, a esperada revelação.

Sacerdotes e oráculos, políticos e príncipes da Judéia tremeram espantados.

Onde estaria o excelso Embaixador? No templo de Jerusalém ou no domicílio aristocrático de algum dos veneráveis doutores do Sinédrio?

Poderosos dignatários imperiais, nas vilas de repouso da Galiléia, empalideceram, surpreendidos.

Em que privilegiado ponto do mundo permaneceria o Celeste Redentor? No palácio de Augusto ou no lar patrício de algum legado importante?

Ricos senhores da Samaria confiaram-se, perturbados, à insônia... Em que região venturosa da Terra teria surgido o Salvador? Em algum santuário do monte ou em abastada propriedade particular?

Negociantes de Cesaréa de Felipe, viajores do extenso Vale do Jordão, caravaneiros que vinham da Fenícia, peregrinos de Decápole e todos os homens e mulheres acordados, desde o topo nevado do Hermon até as águas imóveis do Mar Morto, estáticos e felizes, viram a estrela descer vagarosamente, assinalando o berço divino, e os pastores e as crianças, almas simples da natureza, foram os primeiros a descobrir que o Rei Celeste brilhava na manjedoura...

Desde então, Jesus permanece vivo entre os homens, ensinando, reajustando, curando, redimindo...

Através de sombras e pesadelos, de calamidades e guerras, em quase vinte séculos de luta, a geografia sentimental do Cristianismo estendeu suas linhas da Palestina Ocidental a todos os círculos do Planeta e a estrela da grande Revelação, personificada hoje na idéia santificadora da fraternidade e da paz, continua luzindo no firmamento das nações, anunciando a Era Nova...

Onde encontraremos o Senhor? Prosseguem perguntando os inumeráveis viajores da vida...

Nos castelos primorosos da fé? Nos monumentos que consagram o domínio exclusivista? Nas cerimônias santuárias do culto exterior? Nos preciosos discursos da convicção dogmática?

Eis, porém, que a claridade cintilante da idéia conduz o coração que se faz simples e sincero ao Evangelho da Vida e o livro, em seu humilde arcabouço de papel, representa a nova manjedoura, em que realizamos o nosso encontro com o Espírito do Senhor...

Veremos no livro o santuário de nossa ascensão espiritual.

Quando o povo missionário se desvairava na idolatria, O Todo Poderoso salvou-o, com o livro dos Dez Mandamentos, por intermédio de Moisés.

Quando o Mestre Divino veio trazer à Terra as justas diretrizes da redenção, determinou o Todo Compassivo que um livro – O Evangelho da Boa Nova – lhe fixasse a luz.

Quando a civilização se desequilibrava com as tempestades morais, luminosas e destruidoras, da Revolução Francesa, o Todo Sábio amparou o mundo, então no declive de tenebrosos despenhadeiros, oferecendo-lhe "O Livro dos Espíritos", através de Allan Kardec.

Depois da oração, o livro é a única escada pela qual o Céu pode descer a Terra.

Em verdade, quando um povo abandona o livro, começa a penetrar, sem perceber, o vale da estagnação e da morte.


Irmão X

Livro Relatos da Vida - Psicografia Francisco C. Xavier - Espírito Irmão X


quinta-feira, abril 14, 2011

Seu Sorriso!


Seu Sorriso Irradia e Faz Brilhar 
como um Beijo do Luar!

Da Existência de Deus!

Da Existência de Deus

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:

-Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu:

-Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.

-Como assim? - indagou o chefe, admirado.

O servo humilde explicou-se:

-Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?

-Pela letra.

-Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?

-Pela marca do ourives.

O empregado sorriu e acrescentou:

-Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?

-Pelos rastros - respondeu o chefe, surpreendido.

Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:

-Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!

Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.

Meimei

"Quem perde a fé no futuro vive de sonhos plebeus,
a própria flor no monturo lembra um sorriso de Deus"
Soares Bulcão

"A propaganda do bem deve alcançar apogeus,
o sol brilhando no céu é propaganda de Deus".
Jovino Guedes

"Quando quiseres indagar acerca dos mistérios do céu,
sonda o segredo Divino que palpita na flor".
Mariano José Pereira da Fonsêca

Do livro Idéias e Ilustrações, de Francisco Cândido Xavier por Espíritos Diversos.

quarta-feira, abril 13, 2011

A Comquista da Felicidade!


Por Clara Lila Gonzales de Araújo


“A conquista da felicidade como obra de educação”

“Ele disse: Bem-aventurados, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” (Lucas, 11:28.)

O capítulo V, de O Evangelho segundo o Espiritismo, traz fulgente mensagem do cardeal Morlot, recebida em Paris, no ano de 1863, sobre a felicidade, que é almejada como condição de satisfação plena de todo ser humano.

O preclaro Espírito chama atenção para a possibilidade de nunca podermos alcançá-la, pois “o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado”.

Afirma ele que o que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. [...]

Diante dessa constatação, o anseio de felicidade seria puramente quimérico para as almas aqui reencarnadas? Eis um velho e complicado mistério filosófico sem solução racional, pois enquanto o homem resumir a felicidade na utilização de bens materiais, na deplorável ilusão de que o legítimo contentamento está condicionado aos tesouros perecíveis, não conseguirá atingir a paz e o bem-estar que tanto almeja. Emmanuel, Benfeitor espiritual, em uma de suas luminosas obras, ao analisar de que modo pode-se conceber a felicidade na Terra, faz a seguinte ponderação:

– Se todo espírito tem consigo a noção de felicidade, é sinal que ela existe e espera as almas em alguma parte. Tal como sonhada pelo homem do mundo, porém, a felicidade não pode existir, por enquanto, na face do orbe, porque, em sua generalidade, as criaturas humanas se encontram intoxicadas e não sabem contemplar a grandeza das paisagens exteriores que as cercam no planeta. Contudo, importa observar que é no globo terrestre que a criatura edifica as bases da sua ventura real, pelo trabalho e pelo sacrifício, a caminho das mais sublimes aquisições para o mundo divino de sua consciência.

Ao longo da história da Humanidade o homem buscou respostas para as suas inquietações, como necessidade imperiosa de superação das suas dores, originadas, principalmente, das frustradas conquistas de melhoria existencial. Entre os gregos, a felicidade seria alcançada pela procura do bem supremo e da virtude. Sócrates (470-399 a.C.), “considerado o pai da ciência moral, que a exemplificou em si mesmo, em caráter apostolar”, tornou-se o “verdadeiro pioneiro das ideias cristãs e espíritas” e contribuiu para conceituar a felicidade através do “seu legado ético [...] de relevante valor moral e espiritual, rescendendo o sutil aroma da sua filosofia de vida”.

Aristóteles (384-322 a.C.) faz da felicidade “a atividade da alma dirigida pela virtude”.

No século XVIII, Immanuel Kant (1724-1804) critica as correntes de pensamento que sugerem a obtenção da felicidade por meio dos sentidos ou que fazem dela um objeto da razão pura. Para o filósofo, “a felicidade é sempre uma coisa agradável para aquele que a possui”, mas deve considerar, “como condição, a conduta moral conforme a lei”. A felicidade, pois, tem sido aspiração de todos os povos, através dos tempos, mesmo que o desapontamento de muitos, com relação a ela, tenha resultado em pessimismo e desesperança, mormente na fase atual em que o homem moderno experimenta vicissitudes jamais imaginadas, deixando- se envolver pelo imediatismo ditado, sobretudo, pelas paixões deprimentes e desordenadas como novas “formas de amor” para se atingir a decantada satisfação de viver plenamente.

Essa importante questão tem sido cuidadosamente analisada pelos Espíritos superiores, tratando-se de problema a ser solucionado pela educação moral das massas humanas, sabedores de que o enigma da felicidade é de natureza espiritual. Em comentário da resposta à pergunta 933, de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec tece valiosos esclarecimentos a esse respeito:

De ordinário, o homem só é infeliz pela importância que liga às coisas deste mundo. Fazem-lhe a infelicidade a vaidade, a ambição e a cobiça desiludidas. [...] Aquele que só vê felicidade na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz, desde que não os pode satisfazer, ao passo que aquele que nada pede ao supérfluo é feliz com o que os outros consideram calamidades. [...] Como civilizado, o homem raciocina sobre a sua infelicidade e a analisa. Por isso é que esta o fere. Mas, também, lhe é facultado raciocinar sobre os meios de obter consolação e de analisá-los. Essa consolação ele a encontra no sentimento cristão, que lhe dá a esperança de melhor futuro, e no Espiritismo que lhe dá a certeza desse futuro.

A Doutrina Espírita traça para nós um roteiro de vida capaz de proporcionar a felicidade almejada, ainda que venhamos a sofrer, de acordo com o nosso estágio evolutivo. A felicidade é resultante de muitas conquistas, conforme ressalta o autor espírita Juvanir Borges de Souza (1916-2010), entre elas:

A “fé no futuro”, a que se referem os Instrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...] dando ao adepto sincero segurança e autoconfiança.

Para termos otimismo, precisamos ter fé. “[...] Sem fé ninguém pode ser feliz. Sem fé e sem amor não há felicidade”.

A felicidade, assim, depende das qualidades conquistadas e não do meio material no qual os seres humanos se encontram. Esse alcance, entretanto, exigirá grande esforço de nossa parte; sendo ela consequência de muitas vitórias de ordem moral, é obra de autoeducação e intensa luta será travada para granjear a reforma íntima que ansiamos.

Ao analisar as aflições humanas, Kardec adverte-nos quanto à origem dos males terrestres, reconhecendo que o homem, na maioria dos casos, “é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que [...] é apenas a sua incúria”.

Alerta-nos ele:

Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição. A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? [...]

Só seremos felizes quando compreendermos o valor das oportunidades que nos chegam do Alto, a cada reencarnação, sabendo aproveitar as experiências necessárias ao nosso progresso intelectual e moral, por meio das ações materiais, cuja execução Deus nos confia. Quanto mais difícil a existência, maior será a satisfação de superar, com resignação e denodo, as provas e as privações inúmeras que nos atingem. Geralmente, a felicidade surge da própria dor e da satisfação de tê-la vencido. Sobre isso, sábio conselho é transmitido pelos Espíritos reveladores:

Os males deste mundo estão na razão das necessidades factícias que vos criais. A muitos desenganos se poupa nesta vida aquele que sabe restringir seus desejos e olha sem inveja para o que esteja acima de si. O que menos necessidades têm, esse o mais rico.

E eles complementam:

[...] Quando um justo é infeliz, isso representa uma prova que lhe será levada em conta, se a suportar com coragem. Lembrai-vos destas palavras de Jesus: Bem-aventurados os que sofrem, pois que serão consolados.

Saber e virtude serão adquiridos após longo aprendizado na sementeira do amor e da caridade. É imprescindível a prática da fraternidade, da bondade e da justiça para que sejamos cooperadores da obra educativa do Espiritismo, tal como ensinou Jesus, e fruiremos, paulatinamente, de autêntica felicidade!

O Seu Trabalho!


O seu Trabalho


Por mais insignificante que você possa imaginar valorize o seu trabalho.

Nenhuma obra nasce acabada.

Se você valorizar o seu esforço, você também será valorizado por ele.

Toda tarefa no bem é importante e indispensável.

Aperfeiçoando aquilo que você faz, você também se aperfeiçoa.

Toda atitude repercute. Através do que você faz, você influencia os que vivem a sua volta estimulando-os a fazer coisas também.

O seu trabalho, não se esqueça, é a sua identidade, fornecendo notícias da sua própria realidade mais profunda.

O humilde filete de água tem a graciosidade que o mar não possui.

Uma pequena flor do campo pode causar inveja aos mais bem cuidados jardins.

Alegre-se pelo que você faz.

Quem não se realiza naquilo que faz de verdade é o verdadeiro infeliz.

Tempo de Valorização da Vida!


Quaisquer que sejam as providências tomadas para elucidar a alma humana, no sentido de se promover os cuidados para com a vida, valorizando-a como deve ser, esbarraremos numa muralha intelectual e num vazio moral instigados pela influência das teses materialistas-ateístas que se insurgem no seio das sociedades.


Não deveremos desconsiderar a força dos projetos de vida imediatistas que se costumam alimentar no anseio tipicamente humano de desenvolver poucos empenhos, ou de usufruir situações mais confortáveis e de tirar todos os proveitos possíveis dos recursos do Planeta, sem que se tenha muito o que ressarcir, o que realizar, em prol desse bem-estar anelado.

Enfim, é a teoria do proveito pleno e sem ônus para os beneficiários.

Tais posturas são regidas pelo egoísmo, remanescente do instinto de conservação, que tem nos reinos inferiores à Humanidade a sua fonte geradora. É o egoísmo que faz dilatar essa desenfreada busca do prazer hedonista, do gozo insaciável e gratuito sem qualquer reflexão relativa às consequências desses privilégios.

Não estranhemos que semelhantes condutas estejam entranhadas e muitas vezes sustentadas por criaturas que se apresentam como religiosas, como crentes em Deus, ou como lideranças nos campos das instituições de fé ditas cristãs.

O que se passa é que muitos Espíritos hão chegado ao Planeta, nos dias presentes, trazendo responsabilidades assumidas na Imortalidade, nos campos do bem, da renovação espiritual e dos progressos inerentes à alma eterna. Ao se sentirem bem instalados no conforto do corpo físico, valendo-se das possibilidades socioeconômicas de realce ou quando se adornam com os poderes da política terrena, deslustram esses compromissos – que lhes são recordados durante as horas de desdobramentos naturais pelo sono – e mergulham em atuações ególatras discricionárias, absolutistas, sem qualquer pensamento que se volte para o Criador da Vida e Suas leis registradas em nossa consciência.

É indispensável que estejamos atentos para as instruções trazidas pelas Vozes dos Céus, no cerne da Codificação do Espiritismo, concernentes ao poder nefário do egoísmo que se reproduz nas mais várias instituições do mundo, seja no seio da família, da escola, das igrejas ou das oficinas profissionais, fenômeno que só será batido, transformado ou superado por meio do ingente trabalho da educação.

Impraticável conseguir-se o entendimento, por parte das massas terrenas, de questões magnas para a vida como é a do abortamento, da pena de morte, da eutanásia, da fome, dos descalabros antiéticos, sem que os indivíduos tenham, devidamente amadurecida, a consciência de si mesmos como Espíritos imortais e que, por isso mesmo, responsáveis pela sementeira que realizam no solo planetário.

O Espiritismo é chamado agora, por meio do labor dos espíritas, a cooperar em todos os movimentos sociais que enaltecem a vida e todos os elementos a ela vinculados, no campo das providências imediatistas, nas respostas que precisam ser dadas às comunidades, sem qualquer dúvida.

Entretanto, pela força filosófica da Doutrina Espírita, não podem os espiritistas perder de vista o seu caráter educacional, trabalho que é capaz de modificar as disposições morais dos seres, mudando o modus vivendi do homem, proposta que permitirá lancemos na correnteza social criaturas bem formadas, participantes da aristocracia intelecto-moral a que se referiu o ínclito Codificador Allan Kardec, na esteira das suas formosas reflexões acerca dos grupos de governança terrestre.

O que presenciamos, por enquanto, é um formidável embate entre as vozes que projetam luz sobre as mentes, sobre as almas e aquelas que gritam suas alucinadoras propostas de destruição e de morte, testemunhado pelo covarde silêncio de muitos indivíduos que, se conseguem cantar e prestigiar as verdades espirituais em grupo, no conjunto dos confrades do bem, calam-se e omitem-se toda vez que se defrontam com o ensejo de dar seu testemunho da verdade, amedrontados muitas vezes pelo temor do achincalhe ou das desconsiderações de que possam ser alvos.

Estamos convocados pelos Porta-Vozes de Jesus Cristo, que atuam nos altos serviços de espiritualização das ideias no mundo, a dar nosso contributo, a nossa palavra consistente, calcada nos princípios do venerando Espiritismo, sem arrogância, sem presunção e sem medo.

Contudo, somos chamados a dar o nosso testemunho de lucidez, de fortaleza moral e de fraternidade, a fim de que o processo educacional que o Espiritismo apresenta, muito além de receber o reforço na nossa teoria, possa contar com o vigor da vivenciação dos espíritas no meio social.

Estamos nos tempos de exercitar a própria coragem e a boa disposição, nessa audácia que fez com que os primitivos cristãos descessem aos circos tão logo ressoou na voz do Cristo a palavra Amor.

Destemidamente, cabe-nos avançar conjugando os possíveis esforços para que, perante tanto desapreço pela vida humana, atuemos no campo da feliz educação, amparada pela ética do amor a Deus acima de tudo e ao próximo, como a nós mesmos, engolfados pela moral de prestar os indispensáveis serviços em prol da dissolução gradativa do egoísmo, da espiritualização das ideias e do aprofundamento das reflexões em torno da lei de causalidade, do que nenhum de nós estará indene.

A valorização da vida do corpo não pode prescindir do apoio à cultura da alma, da estima que se viva quanto às realidades do Espírito imortal.

O Suicídio


Por Domício Magalhães Maciel


A vida, que Deus nos deu, atendendo à nossa escolha, mesmo inconsciente, tem por objetivo, tornar-nos melhor, reconciliar-nos com os nossos adversários, enfim, promover nosso progresso espiritual, como nos ensina os Espíritos Superiores, em resposta à questão nº 132 do Livro dos Espíritos, sobre o objetivo da encarnação: “Seu fim é conduzi-los à perfeição: para uns é expiação, mas, para outros, missão. Contudo, para atingirem a perfeição, têm eles de sofrer todas as vicissitudes da existência corporal e nisso é que consiste a expiação....”. De outro modo, nos dá oportunidade de colaborar com o projeto divino de fazer deste mundo, um mundo melhor.

Dentro da programação estabelecida para nós, em cada existência, em linhas gerais, são previstas as duras provas que teremos que passar com vista à nossa promoção na hierarquia espiritual. Por muitas vezes o ser humano se depara com situações por demais desesperadoras, que o leva a refletir sobre a sua impotência diante de Deus e da vida. Muitos nesta situação, não tendo coragem para enfrentar o problema, se despojam do corpo físico, achando encontrar neste ato, uma solução para o problema. Que engano, pois aqueles que buscaram uma saída “fácil”, destruindo seu corpo físico, vêm através de um outro, o médium, dizer: “oh!!... continuo a viver, que decepção!!!”. O Sofrimento é grande, e só uma nova existência para recompor o corpo espiritual afetado pelo ato tresloucado.

Os Espíritos Superiores nos esclarecem que as causas que levam um indivíduo a se suicidar são as mais diversas possíveis, mas essencialmente se resume, “na ociosidade, na falta de fé e, frequentemente, na saciedade” (1), e somando a estas, temos as obsessões, que arrastam muitos às raias do suicídio.

O indivíduo que não espera nada do futuro e ao mesmo tempo absorve as ideias materialistas, se vê estimulado a se suicidar, pois para ele o nada e o futuro são a mesma coisa. Convencido destas ideias, o descrente foge de uma situação aflitiva para cair, sem saber, em outra infinitamente mais aflitiva, de maneira inenarrável, como os próprios suicidas, do plano espiritual, nos informam.

Para o suicida “Não existem castigos determinados e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o determinaram. Há, porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar: o desapontamento.” (2) “... O que há é o desaponto, a surpresa aterradora daquele que se sente vivo a despeito de se haver arrojado na morte!.” (3)

Entretanto, as consequências imediatas do suicídio, para o Espírito, são as mais terríveis possíveis. Primeiro, o corpo espiritual ainda impregnado dos fluidos animalizados do corpo físico, se ressente de todas as impressões da decomposição deste, sentindo, ainda, os vermes corroerem o mesmo; o estado em que ficou o corpo material, fica refletido no corpo espiritual, por tempo indefinido; mentalmente, o Espírito revê todas as cenas que culminaram com o suicídio, repetidas vezes. Este sofrimento dura mais ou menos o tempo que restava para encerrar aquela existência. O único bálsamo que alivia sua dor, são as preces que partem daqui em seu favor.

Se o Espírito encarnado é um crente na vida futura e conhecedor dos ensinamentos do Cristo, ele encontra nos Evangelhos as medidas profiláticas contra o suicídio. Basta buscar o “Sermão da Montanha” (São Mateus, Cap. V, v.3-11), que o mesmo encontrará esperanças, forças para dar continuidade à sua vida, mesmo que às duras penas. Emmanuel, guia espiritual de Chico Xavier, corrobora: “Ainda que não possas marchar livremente com o teu fardo, avança com ele, mesmo que seja um milímetro por dia....”

Por outro lado, se o crente for um estudioso Espírita, suas forças são aumentadas, pois é conhecedor da vida após a morte e sabedor das consequências de um ato tão hediondo, como é o suicídio. O Estudo do Espiritismo, fortalece a fé do cristão, que cada vez mais valoriza sua vida como trampolim de sua ascensão espiritual. O Espiritismo o conscientiza da sua responsabilidade em relação a própria evolução.

Resta-nos perguntar: quando o suicídio será erradicado da face da terra? Acreditamos que isso se dará quando a humanidade estiver integrada nos planos divinos, ou seja, nos planos da vida eterna.

***

Do Livro 1 - As Causas Primárias!



Atributos da Divindade

10 O homem pode compreender a natureza íntima de Deus?

– Não, falta-lhe, para isso, um sentido.

11 Um dia será permitido ao homem compreender o mistério da Divindade?

– Quando seu Espírito não estiver mais obscurecido pela matéria e, pela sua perfeição, estiver mais próximo de Deus, então o verá e o compreenderá.

*A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da humanidade, o homem O confunde muitas vezes com a criatura, da qual lhe atribui as imperfeições; mas, à medida que o senso moral nele se desenvolve, seu pensamento compreende melhor o fundo das coisas e ele faz uma idéia de Deus mais justa e mais conforme ao seu entendimento, embora sempre incompleta.

12 Se não podemos compreender a natureza íntima de Deus, podemos ter idéia de algumas de suas perfeições?

– Sim, de algumas. O homem as compreende melhor à medida que se eleva acima da matéria. Ele as pressente pelo pensamento.

13 Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, não temos uma idéia completa de seus atributos?

– Do vosso ponto de vista, sim, porque acreditais abranger tudo. Mas ficai sabendo bem que há coisas acima da inteligência do homem mais inteligente e que a vossa linguagem, limitada às vossas idéias e sensações, não tem condições de explicar. A razão vos diz, de fato, que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo, porque se tivesse uma só de menos, ou que não fosse de um grau infinito, não seria superior a tudo e, por conseguinte, não seria Deus. Por estar acima de todas as coisas, Ele não pode estar sujeito a qualquer instabilidade e não pode ter nenhuma das imperfeições que a imaginação possa conceber.

*Deus é eterno. Se Ele tivesse tido um começo teria saído do nada, ou teria sido criado por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.

É imutável; se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o universo não teriam nenhuma estabilidade.

É imaterial, ou seja, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria; de outro modo não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.

É único; se houvesse vários deuses, não haveria unidade de desígnios, nem unidade de poder na ordenação do universo.

É todo-poderoso, porque é único. Se não tivesse o soberano poder, haveria alguma coisa mais ou tão poderosa quanto Ele; não teria feito todas as coisas e as que não tivesse feito seriam obras de um outro Deus.

É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das Leis Divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e essa sabedoria não permite duvidar de sua justiça nem de sua bondade.



O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Parte Primeira, “As Causas Primárias”


O Livro..


O Livro

O livro com Jesus é sempre:

Na vida, o mestre silencioso.
Na fé, o templo da alma.
Na luta, o observador sereno.
Na dificuldade, o amigo vigilante.
No caminho, o companheiro sábio.
Na dor, a fonte do reconforto.
Na dúvida, a luz do conhecimento.
Na jornada, a árvore benfeitora.
Na construção espiritual, o tijolo incorruptível.
Na enfermidade, o remédio oportuno.
No lar, o bom conselheiro.
No trabalho, a coragem constante.
Na terra do espírito, a semente da santidade.
Na imaginação, o incentivo fertilizante.
Na aflição, o bálsamo salutar.
Na alegria, o impulso de auxiliar a todos.
Na fartura, o controle benéfico.
Na escassez, a graça Celestial.
O livro cristão é alimento da vida eterna.
Espalha-lo é servir com Jesus.

André Luiz
Da Obra “A Verdade Responde”

Espíritos: Emmanuel e André Luiz. Psicografado por: Francisco Cândido Xavier.


** Prelúdio de uma Saudade.. **

[...] Sorrir entre lágrimas éh conquistar a felicidade entre os espinhos.. [...]