quarta-feira, agosto 24, 2011

Amigos..


"Todo meu patrimônio são meus amigos" (Emily Dickinson)
"Um abraço vale mil palavras. Um amigo mais."

"A amizade é o ingrediente mais importante na receita da vida."
"Cultivar um verdadeiro amigo requer dedicação e tempo."

"A amizade duplica nossas alegrias e divide nossa tristeza."
"Uma resposta honesta é sinal de uma amizade verdadeira."

"Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas, dando-lhes sempre algum significado."

Música..


♪ Música, Uma Paixão, Uma vida.. ♪ ♪ ..ılılı..ııllıı..ılılı.. ♪

Música


" Eu não escolhi música, ela me escolheu! "
[ Paula Fernandes ]

Paz!


A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta. 

[ Buda ]

Oração!


Oração de Hoje

Hoje, Senhor, resplende novo dia,
Que deveres e júbilos condensa,
Nova esperança luminosa e imensa
Renascendo da noite espessa e fria...

Dá-me trabalho por excelso guia,
Ensina-me a servir sem recompensa
E a fazer do amargor de cada ofensa
Uma prece de amor e de alegria.

Que eu Te veja na dor com que me elevas
Por flamejante sol, rompendo as trevas,
Ante a beleza do Celeste Abrigo!

E que eu possa seguir na caravana
Dos que procuram na bondade humana
A glória oculta de viver contigo.


Auta de Souza

Apoio


Deus é Caridade

Não guardes e nem fales, coração,
Palavra de azedume ou desesperação.
O verbo que escarnece, esfogueia, envenena,
Traz em si mesmo a dolorosa pena
De amarga frustração!

Muitas vezes nós mesmos, trilha afora
No pensamento que se desarvora,
Nas teias da ilusão sem motivo ou sem base,
Para sair do mal e regressar ao bem
Precisamos apenas de uma frase
Do carinho de alguém!

Na dor que nos renova,
Quantas vezes na vida a gente espera
Simplesmente um sorriso,
Para fazer o esforço que é preciso,
A fim de não perder nas lágrimas da prova
A paz da fé sincera!...

Pensa nisso e abençoa
Àquela própria mão que te espanca ou aguilhoa.
Fel, tristeza, amargura,
Transformam desventura em maior desventura!
Se a mágoa te domina,
Observa a lição da Bondade Divina!

Se o homem tala o campo aos horrores da guerra,
Deus recama de verde as úlceras da Terra.
Cerre-se a noite fria,
Deus recompõe sem falta os fulgores do dia.
Atire-se um calhau à fonte da espessura,
Deus protege a corrente
E a fonte lava a pedra a beijos de água pura
E prossegue indulgente,
Doce, clara, bendita,
Fertilizando o campo em que transita.

Isole-se a semente pequenina
Na clausura do chão
E eis que Deus a ilumina
E ela faz a alegria e a fartura do pão!
Que a poda fira a planta a golpes destruidores
E Deus reveste o tronco em auréolas de flores!...

Conquanto seja em tudo a Justiça perfeita
Que nos premia, ampara, aprimora e endireita
Pelo poder do amor incontroverso,
Deus quer que a Lei do amor seja cumprida
Para a glória da vida,
Nas mais remotas plagas do Universo!

Serve, pois, coração,
À tolerância, à paz, à bondade e à união!
Embora desprezado, anônimo, sozinho,
Agradece, em silêncio, a injúria, o pranto, o espinho
E serve alegremente...

Dor é nova ascensão à Vida Superior!...
Rende-te a Deus e segue para a frente,
Pois Deus é Caridade e a Caridade ardente
Tudo cobre de amor!...


Maria Dolores (Lembrança aos companheiros da Doutrina Espírita)

Do livro "Antologia da Espiritualidade", Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Maria Dolores.

Encontro Divino!

Encontro Divino

Quando o aprendiz desditoso
Contemplou toda a luz
Que o Mestre lhe trazia,
A Terra transformou-se
Aos seus olhos em pranto.

Renovado e feliz
Reconheceu que a lama
Era adubo sublime;
Notou em cada espinho
Uma vara de flores
E descobriu que a dor,
Em toda parte, é dádiva celeste.

Assombrado.
Viu-se, enfim, tal qual era
Um filho de Deus-Pai
Ligado em si à Humanidade inteira.

Descortinou mil sendas para o bem
No chão duro que lhe queimava os pés.
Encontrou primaveras
Sob o frio hibernal
E antegozou colheitas multiformes
Na sementeira frágil e enfermiça.

Deslumbrando,
Sentiu nas flores, estrelas mudas,
Nas fontes, bênçãos do céu exiladas no solo,
E nas vozes humildes da natureza
O cântico da vida
A Bondade Imortal.

Abrira-se-lhe n’alma o Grande Entendimento...
Não conseguiu articular palavra
À frente do mistério.
Somente o pranto
De alegria profunda
Orvalhou-lhe o semblante em êxtase divino.

E, desde então,
Passou a servir sem cessar,
Dentro de indevassável silêncio,
Qual se o Mestre e ele se bastassem um ao outro,
Morando juntos para sempre,
À maneira de duas almas
Vivendo num só corpo
Ou de dois astros
A brilharem unidos,
Em pulsações de luz,
No Coração do Amor.


Rodrigues de Abreu*

Do livro "Nosso Livro", de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos diversos.

Ave Maria!


À Virgem

Vós sois no mundo a estrela da esperança,
A salvação dos náufragos da vida;
Custódia das almas sofredoras,
Consolação e paz dos desterrados.

Do venturoso aprisco das ovelhas,
De Jesus-Cristo, o Filho muito amado!
Fanal radioso aos pobres degredados,
Anjo guiador dos homens desgarrados;

Do Evangelho de luz do Filho vosso.
Virgem formosa e pura da bondade,
Providência dos fracos pecadores,
Astro de amor na noite dos abismos,
Clarão que sobre as trevas da cegueira;
Expulsa a escuridão das consciências!

Virgem da piedade e da pureza,
Estendei vossos braços tutelares;
A Humanidade inteira, que padece,
Espíritos na treva das angústias,

No tenebroso barato das dores,
Mergulhados nas tredas tempestades,
Do mal que lhes ensombra a mente e a vista;
Cegos desventurados, caminhando;
Em busca de outras noites mais escuras.
Legião de penitentes voluntários,
Afastados do amor que os esclarece!

Anjo da caridade e da virtude,
Estendei vossas asas luminosas;
Sobre tanta miséria e tantos prantos.
Dai fortaleza àqueles que fraquejam,
Apiedai-vos dos frágeis caminhantes,
Iluminai os cérebros descrentes,
Fortalecei a fé dos vacilantes,

Clareais as sendas obscurecidas;
Dos que se vão nos pântanos dos vícios!...
Existem almas míseras que choram,
Amarradas ao potro das torturas,
E corações farpeados de amarguras...
Enxugai-lhes as lágrimas penosas!
Virgem imaculada de ternura,

Abençoai os mansos e os humildes,
Que acima de ouropéis enganadores,
Põem o amor de Jesus, eterno e puro'.
Dulcificai as mágoas que laceram,
Pobres almas aflitas na voragem,
Das provações mais rudes e amargosas.

Estendei, Virgem pura, o vosso manto,
Constelado de todas as virtudes,
Sobre a nudez de tantos sofrimentos,
Que despedaçam almas exiladas;
No orbe da expiação que regenera...

Ele será a luz resplandecente;
Sobre a miséria dos padecimentos,
Afastando amarguras, concedendo,
Claridades às estradas pedregosas,
Conforto às almas tristes deste mundo.

Porto de segurança aos viajantes,
Clarão de sol nas trevas mais espessas,
Farol brilhante iluminando os trilhos,
De todos os viajores que caminham,
Pela mão de Jesus doce e bondosa;
O pão miraculoso, repartido;
Entre os esfomeados e os sedentos,
De paz, que os acalente e os conforte!

Virgem, Mãe de Jesus, anjo de amor,
Vinde a nós que na luta fraquejamos,
Ajudai-nos a fim de que a vençamos...
Vinde! Dai-nos mais força e mais coragem,
Derramai sobre nós os eflúvios santos,
Do vosso amor, que ampara e que redime...

Vinde a nós! Nossas almas vos esperam,
Almas de filhos míseres que sofrem,
Atendei nossas súplicas, Senhora,
Providência da pobre Humanidade!...


Bittencourt Sampaio*

Do livro "A Luz da Oração", de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos.

Rumo Certo



Rumo Certo

Pretendes entrar na posse
Da Vida Superior!...
O caminho mais seguro:
Mais serviço, mais amor.

Queres alívio, sossego,
No coração sofredor...
A providência primeira:
Mais serviço, mais amor.

Desejas libertação
De mágoa, pena, temor...
O recurso que não falha:
Mais serviço, mais amor.

Desejas felicidade,
Resposta a sonhos em flor...
A receita da alegria:
Mais serviço, mais amor.

Sonhas a paz restaurada
De afetos a recompor!...
A base do entendimento:
Mais serviço, mais amor.

Solicitas do destino,
Saúde, amparo, vigor...
O programa necessário:
Mais serviço, mais amor.

Rogas roteiro adequado
Para encontrar o Senhor...
O ensino claro da vida:
Mais serviço, mais amor.


Casimiro Cunha

Do livro "Pássaros Humanos", de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos

Pai.. TE AMO!


Pai, o Amigo


Quantos amigos encontrei em quantos espaços de vida;

Quantas lições... Sempre o corpo miúdo ajudava-me a recomeçar.

Foi sempre assim... Um tempo de férias, Um tempo de escola...

E no corpo diminuto você foi o amigo mais forte entre todos !

O protetor, o professor, a segurança...

Quando os seus fortes braços me erguia parecia dirigir-me para o céu, porque me sentia bem perto do seu coração.

É por isso, pai, que venho entendendo que a luz que irradia dos corações de nossas mães é sustentada pela segurança de quem sabe ser responsável, trabalhador e honesto.

Que eu nunca me esqueça o dia das mães, mas, com certeza de que, lembrando também o dia dos pais estarei em gratidão aos anjos de proteção a terra que por longo tempo me serviram nesta viagem de ida e volta, concluindo meus estudos em obediência a lei de proteção e amor que nos protege através da Lei de Deus.

Minha eterna gratidão...

Autor: Celso de Almeida Afonso  

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DEDICADO COM MT AMOR E CARINHO

AO MEU AMADO E FALECIDO PAI EUGÊNIO!

TE AMOOO PAI!!
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O Poder do Pensamento!


O Fenômeno do Pensamento
(Uma meditação de Pietro Ubaldi)

Abaixemos, portanto, as luzes e entremos no Templo do pensamento. Vamos penetrar num mundo de vibrações delicadas, de formas fugitivas, que o pensamento cria e destrói, mundo de fenômenos evanescentes e sutis e, no entanto, reais.

A insolubilidade de muitos problemas talvez seja motivada justamente pelo situá-los de maneira errônea: a solução é muitas vezes impedida pelo próprio preconceito, embora inconsciente; a conclusão já é dada pela primeira posição do problema.

Aproximamo-nos da gênese do pensamento. Talvez todo o fenômeno do pensamento não seja senão um fenômeno mediúnico de ressonância noúrica e possam ambos reluzir-se ao mesmo princípio; e assim, muitas diferenciações preconcebidas, que prejudicam a visão substancial do fenômeno não terão sentido.

Virão à luz expressões audazes e desconcertantes, mas quero levar à superfície da consciência — onde tudo é claro, sensível, racional — estes mistérios evanescentes das profundezas; quero medir este, quase direi — singular pensamento radiofônico, que tão estranhamente emerge dos abismos.

Desçamos às profundezas desse oceano que existe no íntimo de nossa personalidade psíquica.

Começo do exterior, da superfície, da descrição do ambiente. Não posso escrever em qualquer lugar. Num ambiente de desmazelo, desordenado, desarmônico, não asseado, novo para mim, não impregnado de minhas longas pausas do meu estado de ânimo dominante, não harmonizado com a cor psíquica de minha personalidade, não posso escrever senão mal e com esforço. Eis-me, ao contrário, em meu pequeno gabinete, ambiente de paz, onde os objetos expressam minha própria pessoa, onde a atmosfera é ressonante de minhas vibrações e tudo, por comunhão de vida, está sintonizado com meu temperamento. Por aí me deter, longamente, para pensar e escrever, saturei as paredes, a mobília, os objetos, de um particular tipo de vibração, que agora a mim retorna como uma música que harmoniza o meu pensamento.

Este é o primeiro problema: harmonização, que me permite a seleção de correntes e a imersão nelas; esses delicadíssimos estados de consciência não posso atingir senão num oásis de paz, através de um processo inicial de isolamento vibratório do violento ruído do mundo.

Antes de lançar-me à exploração do supranormal, tenho necessidade de encerrar-me, para minha ajuda e proteção, nesse invólucro de vibrações simpáticas, harmônicas, leves, como num veículo que me permita flutuar no oceano das vibrações comuns da vida humana, que são densas, sufocantes, cegas.

É noite, aproximadamente dez horas. É ótima hora, em que minha capacidade receptiva se intensifica, até cerca de 1 h da madrugada, em que diminui, então, por cansaço. Existe um antagonismo entre meu pensamento e a forte radiação solar; parece que a luz embaraça minha funções inspirativas, neutralizando as correntes psíquicas que me circundam. Amo as luzes tênues, difusas, coloridas, que deixam vaguear os objetos nos contornos indefinidos da penumbra.

Li que quando Chopin improvisava, fazia baixar as luzes e procurava a "nota azul", que devia ser a nota de sintonização entre sua alma e a do público.

No meu caso, o público está materialmente distante, mas espiritualmente está presente e próximo, e eu o sinto, imenso, estrondeando mil vozes: é a alma do mundo.

Minha solidão está cheia dessas vozes: é um oceano sem limites, que sobe em marés, ruge na tempestade, submerge-me e levanta-me em seus vagalhões. Depois se aquieta e escuta, vencido por essa potência de pensamento que me arrasta.

Em minha sensibilidade, o pensamento adquire o poder do raio, as correntes espirituais do mundo são tangíveis, essas forças sutis são reais; e entre elas vou avançando e com destreza navegando.

A princípio, sinto-me extraviado, sozinho no vácuo, e imploro apoio moral, consentimento, confiança. Peço às menores harmonizações de ambiente o primeiro auxílio para o impulso; peço um encaminhamento a uma cadeia de simpatias humanas, que funcionem como círculo mediúnico, embora espiritual e longínquo: uma espécie de caixa de harmonia das minhas ressonâncias espirituais.

Vou subir a uma atmosfera rarefeita e minha humanidade tem necessidade de um invólucro de simpatia que a aqueça e proteja, que a auxilie a lançar-se além da zona humana das tempestades, onde minha alma se encontra exposta ao embate de forças titânicas. Não se pode imaginar o poder de harmonização que emana de um ato de bondade; a bondade é uma música que eu respiro e que docemente me impele à corrente. Esta vibra muito mais pela bondade que pela sabedoria: é perfeição moral.

Para conquistar o conhecimento devo alcançar um estado de purificação, que é leveza espiritual. Apresentam-se, desde agora, as necessárias relações entre evolução e ascensão, de um lado, e mediunidade inspirativa, de outro; esboça-se a afirmação de que a verdadeira ciência não pode ser senão missão e sacerdócio.

Atingido o estado de tensão nervosa indispensável para submergir-me na corrente, esta me arrasta; o próprio estado de tensão me protege do choque das vibrações inferiores e o mundo humano desaparece, distanciando-se de minhas sensações. Basta a imersão nas noúres para poder absorver-lhe todo o alimento energético e atingir o isolamento das correntes inferiores. Isso constitui felicidade, êxtase, esquecimento de tudo, até o momento de despertar na consciência normal, em que há uma espécie de penosa turvação de potência perceptiva.

Pietro Ubaldi

Texto extraído do livro "As Noures", Cap. "O Fenômeno", de Pietro Ubaldi.


Adoro_Te!


Adoro-TE

Adoro-te, recôndito Eu do universo, alma do Todo,
Meu Pai e Pai de todas as coisas;
Minha respiração e respiração de todas as coisas.

Adoro-te, indestrutível essência,
sempre presente no espaço, no tempo e além, no infinito.
Pai, amo-Te, mesmo quando Tua respiração é dor, porque Tua dor é amor;
mesmo quando Tua Lei é esforço,
porque o esforço que tua Lei impõe é o caminho das ascensões humanas.

Pai, mergulho em tua potência, nela repouso e me abandono,
peço à fonte o alimento que me sustente.

Procuro-te no âmago onde Tu estás, de onde me atrais.
Sinto-Te no infinito que não atinjo e donde me chamas.
Não Te vejo e, no entanto, ofuscas-me com Tua luz;
Não Te ouço, mas sinto o tom de Tua Voz;
Não sei onde estás, mas encontro-Te a cada passo,
Esqueço-Te e Te ignoro, no entanto, ouço-Te em toda a minha palpitação.

Não sei individuar-Te, mas gravito em torno de Ti, como gravitam todas as coisas, em busca de Ti, centro do universo.

Potência invisível que diriges os mundos e as vidas,
Tu estás em Tua essência acima de toda a minha concepção.

Que serás Tu, que não sei descrever nem definir, se apenas o reflexo de Tuas obras me enceguece?

Que serás Tu, se já me assombra a incomensurável complexidade desta Tua emanação, pequena centelha espiritual que me anima integralmente?

O homem Te busca na Ciência, invoca-Te na dor, Te bendiz na alegria.
Mas, na grandiosidade de Tua potência, como na bondade de Teu amor, estás sempre além, além de todo o pensamento humano, acima das formas e do devenir, um lampejo do infinito.


Pietro Ubaldi
 

Suicide



O Suicídio

O suicídio é considerado como a falta mais grave passível de ser cometida pela criatura humana. O suicida viola o instinto de conservação, força admirável da qual é dotado o princípio espiritual e que dá a ele a vontade e a obstinação de lutar pela sua sobrevivência.

Embora seja um crime de conseqüências tão funestas, e combatido por todos as religiões, seus índices têm crescido de forma significativa, especialmente nos países desenvolvidos e nas classes mais bem favorecidas economicamente.

Causas

Várias condições são anotadas como responsáveis pelas diversas causas de autocídio: dificuldades econômicas, perda de ente querido, frustração amorosa, complexo de culpa, viciações múltiplas, etc.

Allan Kardec, sintetizando a questão, afirma que “se excetuarmos os que se verificam por força da embriaguez e da loucura, é certo que, sejam quais forem os motivos particulares, a causa geral é sempre o descontentamento.”

Joanna de Ângelis [Após a Tempestade] completando o tema diz que a base real do autocídio está no orgulho ferido. O suicida é uma alma extremamente orgulhosa que, ante o descontentamento, prefere a morte ao esforço nobre para superação do obstáculo ou da frustração. Lembra Joanna, que a vontade do suicida é "destruir Deus, mas como isso não é possível, ele destrói a si mesmo que é a mais sublime criação de Deus."

Conseqüências

Allan Kardec [*LE-qst 957] diz:

“As conseqüências do suicídio são as mais diversas. Não há penalidades fixadas e em todos os casos, elas são sempre relativas às causas que o produziram. Mas uma conseqüência a que o suicida não pode escapar é o desapontamento. De resto, a sorte não é a mesma para todos, dependendo das circunstâncias. Alguns expiam sua falta imediatamente, outros numa nova existência que será pior do que aquela cuja curso interromperam.

Há, porém, as conseqüências que são comuns a todos os casos de morte violenta; as que decorrem da interrupção brusca da vida. Observasse a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que liga o Espírito ao corpo, porque este laço está quase sempre em todo o vigor no momento em que foi rompido. Na morte natural ele enfraquece gradualmente e, às vezes, se desata antes mesmo da extinção completa da vida. As conseqüências desse estado de coisas são o prolongamento do estado de perturbação, seguido da ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz o Espírito acreditar que ainda se encontra no número dos vivos.

A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de recuperação do estado do corpo sobre o Espírito, que assim se ressente dos efeitos da decomposição, experimentando uma sensação cheia de angústias e de horror. Este estado pode persistir tão longamente quanto tivesse de durar a vida que foi interrompida.

“Em alguns casos, o suicida não se livra das conseqüências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia essa falta, de outra maneira. É assim, que certos Espíritos que haviam sido muito infelizes na Terra, disseram haver se suicidado na existência precedente e estar voluntariamente submetidos a novas provas, tentando suportá-las com mais resignação.”

De forma didática, podemos separar em três fases o processo de reparação do suicídio:

1ª Fase: Expiação na Erraticidade
Corresponde ao sofrimento do suicida no mundo espiritual logo após o seu desencarne.

2ª Fase: Reencarnação Compulsória
Consiste na existência corporal que segue àquela onde ele cometeu o suicídio. Geralmente é de curta duração, objetivando recompor o corpo espiritual lesado.

3ª Fase: Reencarnação como Teste
Trata-se de uma nova existência física onde o Espírito faltoso vai deparar-se com a mesma condição frustrante que o levou ao suicídio no passado para superá-la e, assim, concluir o resgate do erro.

Agravantes e Atenuantes

Não existem duas faltas iguais.

Uma série de circunstâncias, agravantes ou atenuantes, vão estar relacionadas ao ato de auto-extermínio, como por exemplo, o tipo de suicídio, sua motivação básica, a presença ou não de distúrbios psíquicos ou obsessão.

Algumas observações de Kardec:

“O suicídio mais severamente punido é aquele que é o resultado do desespero, que visa a redenção das misérias terrenas.”

”Não se pode chamar de suicida aquele que devidamente se expõe à morte para salvar o seu semelhante.”

“O louco que se mata não sabe o que faz.”

“As mulheres que, em certos países, voluntariamente se matam sobre os corpos de seus maridos, obedecem a um preconceito e geralmente o fazem mais pela força do que pela própria vontade. Acreditam cumprir um dever, o que não é característica do suicídio.”

Papel do Espiritismo

A religião, a moral e todos os filósofos condenam o suicídio como contrário à Lei Natural, mas estava reservado ao Espiritismo demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é apenas uma falta, uma infração a uma moral, consideração que pouco importa para certos indivíduos, mas um fato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, pelo contrário piora e em muito sua situação espiritual.


*LE: O Livro dos Espíritos

segunda-feira, agosto 01, 2011

Dom de Deus


Caridade – o doce alívio
Àquele que pede à porta;
Entretanto, além do amparo,
A frase que reconforta;

O socorro em que te mostras
Onde o bem se faz preciso,
Colocando em cada gesto
A dádiva de um sorriso.

Caridade – a paciência
No apoio do braço irmão
Que suporta o companheiro
Na hora da irritação;

O ouvido que escuta e cala,
Cumprindo santo dever,
Esquecendo tudo aquilo
Que não se deve dizer.

Caridade – a mente calma
Da criatura sincera,
Que ajuda sem reclamar,
Que jamais se desespera;

A voz que adoça pesares,
Que não fere, nem se cansa,
Vestindo a dor da verdade
Na túnica da esperança.

Caridade – dom de Deus,
A bondade dividida,
Será sempre, em toda parte,
A luz que clareia a vida;

Mas só fica onde trabalha
E nunca aparece em vão,
Quando nasce, vibra e serve
Por dentro do coração.


Manoel Monteiro*

Do livro "Caridade", de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos

** Prelúdio de uma Saudade.. **

[...] Sorrir entre lágrimas éh conquistar a felicidade entre os espinhos.. [...]