quarta-feira, março 23, 2011

Lei de Liberdade..


Livre-arbítrio e Determinismo

Determinismo ou Fatalismo é uma doutrina segundo a qual todos os fatos sãoconsiderados como conseqüências necessárias de condições antecedentes. De acordo com essa maneira de pensar todos os acontecimentos foram irrevogavelmente fixados de antemão, sendo o homem mero joguete nas mãos do destino.

O livre-arbítrio, por sua vez, é a concepção doutrinária que afirma que o homem dispõe sempre da liberdade de escolha, podendo gerenciar as suas decisões e a sua vida.

Posição espírita:
O Espiritismo nos ensina que não há um fatalismo absoluto, um determinismo quenorteará a vida do homem.

O livre-arbítrio foi talvez a grande conquista do princípio inteligente em sua jornada evolutiva, pois, através dele, tornou-se o Espírito responsável pelos seus atos.

Embora o homem esteja subordinado ao seu livre-arbítrio, sua existência está também submetida a determinada característica de acordo com o mapa de seus serviços e provações na Terra e, delineado pela individualidade em harmonia com as opiniões de seus guias espirituais antes da reencarnação.

As condições sociais, as moléstias, os ambientes viciosos, o cerco das tentações,os dissabores, são circunstâncias da existência do homem. Entre elas, porém, está a sua vontade soberana.

O homem é, pois, livre para agir, para escolher o tipo de vida que procura levar. Asdores, as dificuldades existentes na sua vida são provas e expiações que vem muitas vezes como conseqüência do uso incorreto do livre-arbítrio em existência anteriores.

“Se o homem tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.” [LE-qst 843]

Allan Kardec didaticamente separa o livre-arbítrio em:

a) No estado de Espírito: consiste na escolha da existência e das provas.
b) No estado corpóreo: consiste na faculdade de ceder ou resistir aos arrastamentos a que estamos submetidos.

Lembra, no entanto, Kardec, que excetuando-se as Almas Puras, que já atingiram a Perfeição que lhes é possível, em todos os outros o Livre-arbítrio é uma faculdade sempre limitada.

Na medida em que a nossa liberdade termina onde se inicia a liberdade do outro, certos atos, contrários à ordem geral que regem a evolução das criaturas, são vedados.

Assim sendo, o livre-arbítrio será diretamente proporcional a evolução intelecto moral da criatura. Os Espíritos mais evoluídos o possuem em grau maior; as almas maisinferiorizadas terão uma faixa de escolha mais limitada.

Livre-arbítrio e Evolução
Em outras condições, como no período da infância e na loucura, o livre-arbítrio pode momentaneamente ser retirado do homem.

Livre-arbítrio muito limitado
1. Seres inferiores:(animais, homem primitivo)
2. Período de infância
3. Estado de loucura

André Luiz [Ação e Reação] assim se manifesta:

“Nas esferas primárias da evolução, o determinismo pode ser considerado irresistível. É o mineral obedecendo às leis invariáveis de coesão e o vegetal respondendo, fiel, aos princípios organogênicos, na consciência humana a razão e a vontade, o conhecimento e o discernimento entram em junção nas forças do destino, conferindo ao Espírito as responsabilidades naturais que deve possuir sobre si mesmo. Por isso, embora nos reconheçamos subordinados aos efeitos de nossas próprias ações, não podemos ignorar que o comportamento de cada um de nós, dentro desse determinismo relativo, decorrente de nossa própria conduta, pode significar liberação abreviada ou cativeiro maior, agravo ou melhoria em nossa condição de almas endividadas perante a Lei.”

Conclusões:
1. Pelo uso do livre-arbítrio, construímos o nosso destino, que pode ser de dores ou de alegrias.
2. Livre-Arbítrio, na fase evolutiva em que nos encontramos, é sempre relativo.
3. O determinismo, também relativo, pode ser traduzido como a conseqüência inaceitável de nossa conduta prévia.

Bibliografia

a) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec

b) Ação e Reação - André Luiz/Chico Xavier
c) A Constituição Divina - Richard Simonetti
d) Leis Morais da Vida - Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
e) Leis Morais - Rodolfo Calligaris

terça-feira, março 22, 2011

Da Guerra à Paz!!


Por Christiano Torchi
Muitas teses sociológicas e antropológicas já foram elaboradas para detectar as causas da violência. Uns atribuem a violência à miséria ou à pobreza; outros, à falta de instrução, à mídia, às drogas, ao fanatismo, à superlotação dos presídios etc. Mas onde estaria, realmente, a causa deste mal que ultimamente apresenta sintomas de pandemia?

Detectadas as origens do problema, existiria solução para ele? A instituição de medidas radicais, para conter a violência, ou o endurecimento das leis, seria o bastante, como defendem alguns especialistas?

Dentre todas, uma das facetas mais cruéis da violência é a guerra. Etimologicamente, a palavra “guerra” sempre esteve ligada a discórdia, a luta. Derivada do latim bellum, deu origem ao adjetivo “belicoso” ou “beligerante”, isto é, o estado de ânimo daquele que habitualmente é hostil para com o semelhante.

No sentido trivial, a guerra geralmente é definida como “qualquer combate, com ou sem armas”, ou ainda a “luta armada entre nações, ou entre partidos de uma mesma nacionalidade ou de etnias diferentes”.

E o que desejam os que fazem a guerra? O objetivo da guerra é a imposição da vontade de um dos adversários, por meio da força. Ou, ainda, é “impor supremacia ou salvaguardar interesses materiais ou ideológicos”.

Os Espíritos superiores, ao tratarem da lei moral de destruição, projetaram luz sobre esta tormentosa questão: a guerra é o resultado das paixões exacerbadas do homem, em virtude da predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual.

A História relata que, nos primórdios, a guerra era um estado normal para o homem bárbaro, que procurava impor-se ao seu semelhante por intermédio da força bruta. Ante a ausência de normas para regular as relações sociais, prevalecia a vontade do mais forte. Apesar do admirável progresso humano em todos os setores, inclusive com o advento do estado de direito, das legislações democráticas, ainda persistem as guerras, a violência, embora apresentando características diferenciadas.

Há aqueles que defendem a existência das guerras como elemento indispensável ao progresso humano. Só a esse custo poderemos nos libertar do atraso intelecto-moral?

Não há dúvida de que as guerras interferem na História e produzem repercussões importantes sobre a organização política, econômica e social dos povos e das nações. Talvez por isso os mentores da Codificação tenham alertado que o objetivo da Providência ao permitir a guerra é a conquista da liberdade e do progresso. Ocorre que muitas vezes o vencedor submete o vencido. Nesse caso, os mentores esclarecem que tal submissão é momentânea, pois induz os povos a progredir mais depressa.

É quando nos deparamos com a lei de causa e efeito, que traduz a infalível Justiça Divina.

Enquanto o homem persistir nos seus vícios, continuará pagando pesado tributo moral, que lhe granjeará o aprendizado mediante a dor e o sofrimento. Por isso, não estão isentos de culpa aqueles que lançam a Humanidade em combates sangrentos, por ambição. Os flagelos destruidores provocados pelo ser humano representam grave infração às leis morais. Neste caso, muitas existências lhe serão necessárias para expiar todos os crimes de que haja dado causa.

Se, por um lado, a guerra traz seus benefícios, os efeitos colaterais dela, sobretudo aqueles de longo prazo, são tantos e tão rigorosos que não se pode dizer que haja vencidos ou vencedores. Muitos dos responsáveis pelas guerras e os que delas abusam vinculam-se a laços cármicos até que se quitem perante as leis eternas, por meio dos sábios mecanismos instituídos pelo Criador, entre eles o da reencarnação, que reúne os adversários de ontem nos sagrados laços das pátrias e das famílias de hoje.

Agora que Jesus nos enviou o Consolador, que é o Espiritismo redivivo, para restabelecer todas as coisas, prescindimos da divisão e da espada, como exarado na parábola da estranha moral: “À guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo, a luz da fé esclarecida”. Por isso, os Espíritos superiores esclarecem que a guerra desaparecerá da face da Terra, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem as leis de Deus. Ora, se ainda há tanta violência na Terra, exacerbada nestes tempos de transição, é porque ainda não estamos vivenciando o suficiente esses princípios.

Pondere-se, de outro lado, que o indivíduo não é culpado pelos assassínios que comete durante a guerra, quando constrangido a lutar, a conservar a própria vida, mas é culpado pelas crueldades e pelos abusos em que incidir. Em compensação, é-lhe contado a favor o sentimento humanitário com que age em tais circunstâncias.

Espíritos de ordem inferior recebem a oportunidade de encarnar e reencarnar entre homens adiantados, para que também progridam, o que explica a existência, no seio da civilização mais evoluída, de criaturas selvagens e de criminosos endurecidos, fatores que igualmente induzem ao aperfeiçoamento das instituições humanas.

Convém ressalvar, contudo, que a guerra, por extensão de sentido, não é apenas aquela em que as nações disputam os chamados interesses da soberania, mas são também os conflitos particulares entre os indivíduos na convivência em sociedade:

[...] os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades.

No início da década de 90, em visita ao campo de concentração e trabalhos forçados em Mauthausen, na Áustria, onde foram ceifadas quase 130 mil vidas, dentre os milhões de pessoas que padeceram durante a Segunda Guerra Mundial (1938-1945), o médium Divaldo Pereira Franco sentiu a psicosfera ambiente depressiva e umbralina, como se a dor, o lamento e o desespero se perpetuassem ali, no plano invisível, assinalado por sombras indizíveis. Foi nesse momento que ecoou na consciência do médium a seguinte pergunta, que é a mesma de todos nós: “Por que será que o homem é tão impiedoso, e explodem essas guerras?”. E a resposta veio sem demora:

Porque ainda não tivemos a coragem de lutar contra as nossas paixões; porque ainda cultivamos as pequenas guerras; porque ainda mantemos as nossas pequenas violências, não nos dulcificamos interiormente, não deixamos que o amor nos tranquilize.

[...] De alguma forma, a guerra que acabou lá fora necessita de acabar dentro de nós, pois que só há uma guerra exterior, porque vivemos em conflito íntimo constante, e esses crimes somente são cometidos quando há uma adesão enorme de criminosos.

Um Ayatolá Komeini, um Hitler, um Stalin e outros somente lograram seus tentames porque havia mínis Komeinis, Hítleres, Stalins que, ao grito para o crime, aderiram em massa e cometeram atrocidades, esperando apenas a voz de comando.

Para que esses crimes saiam da Terra é necessário que comecemos em nós o trabalho de instalação do reino de Deus, da piedade fraternal, da tolerância, da benignidade e do amor, para que crueldades como essas que aí estão na TV, em todo o instante, nunca mais aconteçam.

Conclui-se, portanto, que o estado íntimo das pessoas, as guerras individuais, consistentes em duelos de pensamentos, de palavras e de ações, por mais insignificantes pareçam, contribuem para o agravamento da violência, que é retroalimentada pela ação obsessiva recíproca de Espíritos, encarnados e desencarnados, em permanente conúbio, que se encontram na mesma sintonia. A tecnologia, as medidas legislativas, administrativas e sociais, isoladamente, não solucionarão, por si, esses graves problemas que afligem a civilização, enquanto o ser humano não secar a fonte da violência e da ignorância que reside em si próprio. Por isso, nunca foi tão urgente a revisão da nossa conduta ética, em todos os sentidos:

Quando a caridade regular a conduta dos homens, eles conformarão seus atos e palavras a esta máxima: “Não façais aos outros o que não gostaríeis que vos fizessem”. Então, desaparecerão todas as causas de dissensões e, com elas, as dos duelos e das guerras, que são os duelos de povo a povo.

São válidos os movimentos sociais, por meio dos quais rogamos providências às autoridades em favor da paz. Entretanto, eles sozinhos são insuficientes. A construção da paz começa em nossos lares, no trabalho preventivo de educação de nossos filhos e da nossa própria, que tem no ensino religioso um grande aliado.

Os Viajores do tempo e os impulsos da Lei do Progresso!


Por Altamirando Carneiro
 
No prefácio do livro Afinal, quem somos?, de Pedro Granja (Editora Brasiliense Ltda. (SP) – 5ª. Edição, 1951), Monteiro Lobato observa:

“... AFINAL, QUEM SOMOS? É o título da obra, e já aí eu sofro o primeiro esbarro. Eu poria, AFINAL, QUE SOMOS? O ‘quem’ da primeira pergunta indica que somos gente – mas seremos gente, Pedro Granja? Os horrores de Dachau e Buchenwald me deixam incerto. Talvez sejamos apenas coisas vivas. E nesse caso a pergunta seria: 

‘Que coisa, na ordem universal, é esse bichinho que ora se revela como S. Francisco de Assis, a pregar amor aos peixes ao invés de pescá-los, ora como aquela Irmã Griese que num campo de concentração nazista amarrava as pernas das prisioneiras grávidas, para que morressem nas dores de um parto impossível? Que coisa é esse estranho bichinho que aprimora a inteligência até ao ponto de desintegrar o invisível átomo, e depois vai com a bomba atômica destruir cidades habitadas por dezenas de milhares de irmãos inocentes de qualquer crime?’”

Mais adiante, Lobato observa que “o transformismo define esse vertebrado como um pouco de protoplasma que foi evoluindo em certo sentido, está hoje no estágio do Homo sapiens e continuará evoluindo enquanto houver no planeta condições para a vida orgânica”. 

O escritor cita ainda a afirmação da bailarina indiana Sundartará: “Deves ver-te como de fato és: um Espírito em roupagem terrena. A verdadeira pessoa, o ‘eu’ que és, não é esse teu corpo, como eu não sou este meu corpo – coisas frágeis e sofredoras. 

SOMOS ESPÍRITOS IMORTAIS E DIVINOS. Fortes e inalteráveis. Sempre tendentes a melhorar, a aperfeiçoar, a apurar as nossas qualidades. Estamos neste momento em missão aqui na Terra, que não sabemos qual seja, mas que fatalmente será para o nosso bem”.

Nas primeiras encarnações, o homem usa a inteligência para procurar o alimento; para buscar os meios de se preservar dos efeitos do mau tempo; para se defender dos inimigos. Praticamente, é o domínio do instinto.

Mais avançado, o homem tem instinto e sensações. Mais avançado ainda, tem instinto, sensações e sentimentos, cujo ponto delicado é o amor. Mais que o animal, Deus lhe deu o desejo incessante do melhor, que o impulsiona à procura dos meios para melhorar-se; e dos meios que o levam às descobertas, às invenções e ao aperfeiçoamento da Ciência. As necessidades do Espírito, que se sucedem às necessidades do corpo e à procura do alimento espiritual, fazem com que o homem passe da selvageria à civilização.

Como o progresso humano é lento e cada um progride de acordo com o seu desenvolvimento espiritual e moral, muitos ficam no meio do caminho. Eis por que em um planeta de provas e expiações encontramos as discrepâncias apontadas por Monteiro Lobato. E porque, no nosso século, ainda encontram-se encarnados, na Terra, Espíritos espiritualmente e moralmente atrasados.

Deus estabeleceu leis que são inteiramente justas e boas. O homem seria perfeitamente feliz se as observasse escrupulosamente, mas a menor infração a essas leis causa uma perturbação cujo contragolpe experimenta. Daí, todas as suas vicissitudes. É, pois, ele próprio a causa do mal por sua desobediência às leis de Deus. Deus criou o homem livre para escolher o seu caminho. O que tomou o mau caminho o fez por sua vontade e não pode acusar senão a si próprio pelas conseqüências para si decorrentes.

A violência se extinguirá, na medida do nosso progresso. Tudo ocorre na Natureza em função da evolução, sendo que a renovação é condição fundamental para o progresso contínuo. Esta é a Lei básica do Universo. Há uma lei geral que rege os seres da criação, animados e inanimados. É a lei do progresso. Os Espíritos são submetidos a ela pela força das coisas, sem o que a exceção teria perturbado a harmonia geral. Mas o mal não existe na ordem das coisas, pois não é devido senão a Espíritos prevaricadores. 

Observa Carlos T. Rizzini, no livro Fronteiras do Espiritismo e da Ciência (LAKE, SP): “Tanto a matéria quanto os seres mudaram ao longo do tempo; vegetais e animais surgiram, viveram e se transformaram e se extinguiram, em movimento crescente de complexibilidade e adiantamento. A evolução é um atributo superior do Ser”.

O Espírito precisa progredir sempre. Em 1859, no livro A origem das espécies, Charles Darwin prevê, formalmente, o aperfeiçoamento dos seres vivos, mediante a seleção natural. Em 1968, na obra A Gênese, Allan Kardec fala das primeiras noções da evolução orgânica, referente ao corpo animal e humano e do Espírito humano, explicando que “tem o homem que se resignar a não ver em seu corpo material mais do que o último anel da animalidade na Terra”. Alguns anos depois, Alfred Russel Wallace, co-autor da teoria da evolução, divergindo de Darwin, defendia a existência de forças espirituais regendo a evolução humana.

Fonte: O Consolador

Tribulaçôes..


Tribulações

“Também nos gloriamos nas tribulações.” - Paulo. (Romanos, 5;3)

Comentando Paulo de Tarso os favores recebidos do Plano Superior, com muita propriedade não se esquecia de acrescentar o seu júbilo nas tribulações.

O Cristianismo está repleto de ensinamentos sublimes para todos os tempos.

Muitos aprendizes não lembram o apóstolo da gentilidade senão em seu encontro divino com o Mestre, às portas de Damasco, fixando-lhe a transformação sob o hálito renovador de Jesus, e muitos companheiros se lhe dirigem ao coração, mentalizando-lhe a coroa de espírito redimido e de trabalhador glorificado na casa do Pai Celestial.

A palavra do grande operário do Cristo, entretanto, não deixa margem a qualquer dúvida, quanto ao preço que lhe custou a redenção.

Muita vez, reporta-se às dilacerações do caminho, salientando as estações educativas e restauradoras, entre o primeiro clarão da fé e o supremo testemunho. Depois da bênção consoladora que lhe reforma a vida, ei-lo entre açoites, desesperanças e pedradas. Entre a graça de Jesus que lhe fora ao encontro e o esforço que lhe competia efetuar, por reencontrá-lo, são indispensáveis anos pesados de serviço áspero e contínua renunciação.

Reparemos em nós mesmos, à frente da luz evangélica.

Nem todos renascem na Terra com tarefas definidas na autoridade, na eminência social ou no governo do mundo, mas podemos asseverar que todos os discípulos, em qualquer situação ou circunstância, podem dispor de força, posição e controle de si próprios.

Recordemos que a tribulação produz fortaleza e paciência e, em verdade, ninguém encontra o tesouro da experiência, no pântano da ociosidade. É necessário acordar com o dia, seguindo-lhe o curso brilhante de serviço, nas oportunidades de trabalho que ele nos descortina.

A existência terrestre é passagem para a luz eterna. E prosseguir com o Cristo é acompanhar-lhe as pegadas, evitando o desvio insidioso.

No exame, pois, das considerações paulinas, não olvidemos que se Jesus veio até nós, cabe-nos marchar desassombradamente ao encontro dEle, compreendendo que, para isso, o grande serviço de preparação há de ser começado na maravilhosa e desconhecida “terra de nós mesmos”.

Emmanuel..

Do livro "Vinha de Luz", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel.

As Explicações do Espiritismo sobre os Desencarnes Coletivos!


Autor: Walter Frota Fontenele
As dolorosas ocorrências dos últimos desastres naturais, causando a morte de homens, mulheres e crianças aparentemente inocentes, traz novamente, de forma mais intensa e angustiosa a velha questão: por quê? Por que acontecem essas tragédias coletivas? Outras questões ficam ainda sem respostas: por que pessoas que estavam lado a lado, umas morreram e outras conseguiram se salvar? Por que alguns foram poupados e outros receberam o impacto de várias toneladas de terra e pedras sobre seus pobres corpos?

Muitas religiões, crenças e doutrinas, tentam explicar o porquê de todo esse sofrimento. Alguns que se dizem ateus, dizem que tudo isso é obra do destino, que Deus não existe e por isso mesmo não poderia ser culpado por todos esses desastres e mortes.

Para grande parte dos seres humanos, essas mortes (provas) coletivas ainda constituem um enigma sem solução, pois eles desconhecem os mecanismos da Justiça de Deus, que diz que dentre suas Leis Naturais, existe uma que trata de tudo isso que é a Lei de causas e efeitos.

Na literatura Espírita existem muitos relatos de tragédias recentes como essas, bem como outras de triste memória: Quem não lembra do incêndio do Edifício Joelma? Do incêndio de um circo completo em Niterói? Das Tsunamis? Dos diversos desastres de avião que ocorreram nos anos de 2008 e 2009? Diante de todos esses desastres, não deixam de surgir revolta, desesperos e descrenças. Menciona-se que Deus castiga sem dó e sem piedade, ou que pouco se importa com os sofrimentos da humanidade. Nessas horas, muitas pessoas chegam a comparar o Criador com os pais terrenos, e nesse confronto, muitas das vezes Deus perde para os pais terrenos porque eles zelam e cuidam dos seus filhos e querem sempre o melhor para eles.

Esses flagelos destruidores ocorrem de todos os tempos, e Kardec que foi o codificador do Espiritismo não fugiu a esse tema, e nas questões 737 a 741 do Livro dos Espíritos, interrogou os Espíritos Superiores. Vejam o que eles responderam a essas questões:

Questão Nº. 737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?

“Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são freqüentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.”

Questão Nº. 738. Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores?

“Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios.

Necessário, “portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza.”

a) - Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será justo isso?

“Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real. Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a Sua solicitude. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes deles.”

b) - Mas, nem por isso as vítimas desses flagelos deixam de o ser.

“Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla compensação aos seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar.”

Venha por um flagelo à morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo.

Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar-nos de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la em seu conjunto, esses tão terríveis flagelos não nos pareceriam mais do que passageiras tempestades no destino do mundo.

Questão Nº. 739. Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista físico, não obstante os males que ocasionam?

“Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles resulta só as gerações vindouras o experimentam.”

Questão Nº.740. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem, por colocarem-no a braços com as mais aflitivas necessidades?

“Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.”

Questão Nº.741. Dado é ao homem conjurar os flagelos que o afligem?

“Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar as causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de caráter geral, que estão nos decretos da Providência e dos qual cada indivíduo recebe, mais ou menos, o contragolpe. A esses nada pode o homem opor, a não ser sua submissão à vontade de Deus. Esses mesmos males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela sua negligência.”

A Doutrina Espírita tem extensa contribuição a oferecer no entendimento da questão, onde se compreende a justiça, bondade e misericórdia de Deus para com seus filhos, que somos todos nós. Para tanto, porém, é preciso estudar e até compreender o sentido das palavras provas e expiações.

As Provas são acontecimentos que o próprio espírito pede que aconteça com ele no decorrer de sua vida. Devemos lembrar que quando ainda espíritos em pré-reencarnação, temos uma visão diferente de nossos defeitos, e assim sendo, podemos escolher as melhores provas que possam nos elevar mais rapidamente na nossa evolução espiritual.

Já as Expiações irão ocorrer em nossas vidas sem que tenhamos total conhecimento ou controle sobre elas. Isso ocorre porque Deus em sua eterna Justiça, não deixará nenhum mal ou bem sem sua compensação. Dentre essas expiações estão incluídas as mortes, sejam elas naturais provocadas ou desencarnes coletivo (acidentes). Vale ressaltar, que nunca devemos generalizar as coisas. Muitas pessoas leigas ou com conhecimento superficial da Doutrina Espírita, tem o errôneo costume de generalizar o caráter da morte. Uns dizem que se a pessoa cometeu um assassínio a outro por arma de fogos, que ela deverá perecer da mesma forma. Isso é sabidamente um erro grave. É lógico que pode ocorrer assim, mais não é verdade que a Lei de Talião (dente por dente olho por olho), prevaleça sobre a justiça de Deus.

Muitos segredos de Deus, ainda estão para nós, espíritos ainda em estado evolutivo baixo, encoberto pelo véu do esquecimento do passado. Nunca poderemos esclarecer com 100% de certeza o porquê dos desencarnes coletivos que temos oportunidade de ver noticiado na mídia. Não podemos dizer com certeza, o porquê dessas mortes e sofrimentos. É certo, que alguns episódios de desencarnes coletivo foram desvendados, como os citados no inicio do texto (Circo queimado em Niterói e Edifício Joelma), por grandes médiuns de nossa época, como Francisco Cândido Xavier nos mostrou em carta recebida do mundo espiritual. Mais isso é exceção e não regra.

O que Deus quer de verdade, é que tenhamos resignação quanto aos acontecimentos de nossas vidas. Que saibamos que todas as dores que passamos, somos nós mesmos os únicos culpados. Se uma pessoa por imprevidência escorrega ou cai dentro de um buraco, a quem deverá culpar? A sua imprevidência, a sua falta de cuidado. Não devemos dar importâncias vitais a grande maioria dos acontecimentos de nossas vidas. Quando estamos à beira da reencarnação, nossa programação está pronta. Sabemos o que precisamos fazer para evoluir. Sabemos que teremos sempre dois caminhos a seguir, e temos consciência de que iremos pelo caminho certo. O grande problema é continuar com esses pensamentos quando na carne. O nosso livre-arbítrio nos garante a oportunidade de escolha, e isso é bom, porque Deus quer que vençamos com nossos próprios méritos, e se fracassarmos, devemos agradecer, porque teremos outras oportunidades de expiarmos ou de provamos tudo de novo.

*Palestra elaborada para exposição no mês de Fevereiro de 2010 no CE Humberto de Campos por Walter Frota Fontenele.

sexta-feira, março 18, 2011

Pensamentos Nobres..



Destaque de frases para reflexão:

A ciência da Terra, muitas vezes, é a tentativa dos homens no mundo no sentido de definir alguns detalhes da Sabedoria Infinita. Enquanto a primeira é instável e inquieta, modificando-se ao sopro das teorias isoladas, a segunda é a eterna expressão da Vida Universal, controlando todos os fenômenos nos variados departamentos da Existência Infinita. Emmanuel (Do livro Ação, Vida e Luz, de Francisco Cândido Xavier)

“O homem no tempo produz cultura, faz história.
Nesse processo do homem no mundo ao longo do tempo, se faz ciência, se busca a verdade. Isto é, se constrói conhecimento. Logo, o conhecimento é também fruto do tempo. Transforma-se, evolui.” Revista Espírita Histórica e Filosófica


O espiritualismo, nos tempos modernos, não pode restringir Deus entre as paredes de um templo da Terra, porque a nossa missão essencial é a de converter toda a Terra no templo augusto de Deus. André Luiz - (No Mundo Maior)


"Os fundamentos do saber humano passarão da concepção materialista do Universo à concepção espiritualista do ser, com as conseqüências filosóficas, sociais, morais e religiosas, que dela decorrem..." Ernesto Bozzano

O Poder do Pensamento..


Fisiologia do Pensamento


Por Graça Menezes *

O fluido mental é formado por partículas que tem suas características próprias, como sugere a activação mental visibilizada pela tomografia por emissão de positrões.

Dentro de uma visão global do Homem podemos resumidamente considerar uma interação em "via de mão dupla" que vai do espírito para o perispírito, do perispírito para o sistema nervoso, que por sua vez transmite às glândulas endócrinas, que por fim expressam a vontade do espírito para todo o corpo físico. Assim como, as sensações físicas percorrem o caminho inverso impressionando, por sua vez, o princípio inteligente.

Esta é uma visão abrangente, contudo reducionista da integração espírito-corpo, mas que deixa claro o papel do sistema nervoso como receptor principal, em relação a matéria, da vontade do espírito.

Na codificação encontramos a explicação de que o perispírito é ligado ao corpo físico célula a célula, expressão esta lembrada e detalhada por André Luiz, na sua obra. No entanto, apesar desta total ligação perispírito-corpo, existem pontos específicos de ligação para a manifestação do espírito, e estes pontos estão no sistema nervoso, traduzido pelo neurônio que encerra nos corpúsculos de Nissi a energia nutritiva emanada do plano espiritual; no pigmento ocre de lipofuscina o fator de fixação perispirítico, que liga o perispírito de forma mais ou menos intensa dependendo do grau de evolução do espírito e sua relação mais ou menos intensa com o plano material; e, finalmente, nas mitocôndrias neuronais o canal receptor dos comandos espirituais.

Temos ainda nessa interface a glândula epífise ou pineal como receptor capaz de detectar informações do plano espiritual e as emanações magnéticas do plano material, servindo de antena poderosa que informa o espírito encarnado do plano etérico, glândula esta, diretamente ligada ao centro de força coronário que se encontra no duplo etérico, formando assim a interface espírito-corpo.

O centro coronário por sua vez, utiliza-se do centro frontal, que está diretamente relacionado à glândula hipófise, e através desta transmite os avisos, impulsos, ordens e sugestões mentais aos órgãos, tecidos e células.

Por este sistema verte o fluído mental, secreção da mente, e não do cérebro, que se difunde pelos caminhos neurais a todo o córtex, via glândula pineal, e posteriormente a todo corpo biológico por ação glandular e nervosa.

Quanto ao fluido mental, pode ser denominado de "matéria-psí", visto que o pensamento é matéria, formado por partículas que tem suas características próprias, como sugere a ativação mental visibilizada pela tomografia por emissão de pósitrons (PET-Scan), demarcando áreas específicas do cérebro em funcionamento conforme a utilização da mente seja para ouvir, ver ou raciocinar. São estas características que organizam a psicosfera, ou halo psíquico e conseqüentemente o corpo físico, trazendo harmonia ou desequilíbrio de acordo com o seu emprego.

As partículas dessa "matéria-psi" são manipuláveis e compõe elementos "vivos" de pensamento com comportamento e trajetória de acordo com os sentimentos de inteligência que os conduz.

O pensamento influi e comanda, modelado pela vontade do espírito, agindo sobre si mesmo, ou sobre o objetivo ao qual se destina.

De onde conclui-se que o corpo biológico reflete a psicosfera, que influi, sem dúvida, na saúde física de forma positiva ou negativa a depender da qualidade da "matéria-psi" que venhamos a emanar. Logo, o aforismo “Mente sã em corpo são" mais representativo seria como "Corpo são em mente sã".

* Médica especialista em Cardiologia com sub-especialização em Arritmologia. Pós-graduada pela Universidade de Barcelona, Espanha e Vice-Presidente da AME Porto – Associação Médico-Espírita da Área Metropolitana do Porto.

quinta-feira, março 10, 2011

Olhai os Lírios..


Olhai os Lírios

“... Considerai como crescem os lírios do campo...” – Jesus (Mateus, 6:28)



“Olhai os lírios do campo...” - exortou-nos Jesus.

A lição nos adverte contra as inquietações improdutivas, sem compelir-nos à ociosidade.

Os lírios para se evidenciarem quais se revelam não se afligem e nem ceifam, no entanto, esforçam-se com paciência, desde a germinação, no próprio desenvolvimento, abstendo-se de agitações pela conquista de reservas desnecessárias com receio do futuro, por acreditarem instintivamente nos suprimentos da vida.

Não fiam, nem tecem para se mostrarem na formosura que os caracteriza, todavia, não desdenham fazer o que podem, a fim de cooperar no enriquecimento do esforço humano.

Não se preocupam em ser gerânios ou cravos e sim aceitem-se na configuração e na essência de que se viram formados, segundo os princípios da espécie.

Não cogitam de criticar as outras plantas que lhes ocupam a vizinhança, deixando a cada uma o direito de serem elas mesmas, nas atividades que lhes dizem respeito à própria destinação.

Admitem calor e frio, vento e chuva, deles aproveitando aquilo que lhes possam doar de útil, sem se queixarem dos supostos excessos em que se exprimam.

Não indagam quanto à condição ou à posição daqueles a quem consigam prestar serviço, seja acrescentando beleza e perfume à Terra ou ornamentando festas e colaborando no interesse das criaturas em valor de mercado.

E, sobretudo, desabrocham e servem, no lugar em que foram situados pela Sabedoria Divina, através das forças da natureza, ainda mesmo quando tragam as raízes mergulhadas no pântano.

Evidentemente, nós, os espíritos humanos, não somos elementos do reino vegetal, mas podemos aprender com os lírios, serenidade e aceitação, paz e trabalho, com as responsabilidades e privilégios do discernimento e da razão que uma simples flor ainda não tem.

Emmanuel

Francisco Cândido Xavier, do livro: "Aulas da Vida"

sábado, março 05, 2011

Saudades..


Saudade não significa que estamos longe um do outro significa apenas que um dia tivemos juntos... Saudade não mata mas machuca demais. É com a saudade que descobrimos se o que realmente sentimos um pelo outro é realmente "AMOR"

Dedicado com mt Amor e Carinho a Meu Amado Pai Eugênio Jasiocha..
TE AMOO PAPAI P/ SEMPRE!

SAUDADESS!!

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quarta-feira, março 02, 2011

O Poder do Pensamento..


"A simplicidade de caráter é o resultado natural da profundez de pensamento."
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"O mundo é um livro no qual o espírito eterno gravou os seus pensamentos."
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"Examina bem os teus pensamentos, e se os vires puros, puro será também o seu coração."
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"O pensamento é a nossa dignidade. Tratemos, por conseguinte, de pensar bem, pois aí é que está o princípio da moral."
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"Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Como nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo." 
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"A literatura é o pensamento dos espíritos que pensam."
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"Onde está o pensamento, está a força. É tempo de os gênios passarem à frente dos heróis." 
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"O pensamento faz o homem; por isso o bom pensamento é a coisa mais importante da vida." 
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"O desejo é expresso na carícia, o pensamento com a linguagem."
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"O pensamento do sábio antecede-lhe os atos, ao passo que o do insensato vem sempre depois." 
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"Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males." 
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"A independência de pensamento é a mais orgulhosa das aristocracias."
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Nossos pensamentos são as sombras de nossos sentimentos - sempre mais obscuros, mais vazios, mais simples que estes." 
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"Somos senhores dos nossos pensamentos; mas é-nos alheia a execução deles."            

Semear..


Semeia, Semeia..
 
Cada coração do caminho é comparável a trato de terra espiritual.

Muitos estarão soterrados no pedregulho dos preconceitos, ao pé de outros que se enrodilham no espinheiral da ilusão, requisitando tempo enorme para se verem livres.

Entretanto, reflete na terra boa, lançada ao desvalimento.

É aí que todos os elementos geradores da inércia se instalam.

Terras abandonadas, terras órfãs!...

Criaturas que anseiam pelo adubo da fé, almas que suplicam modesta plantação de esperança e conforto!...

Esses solos desprezados, muitas vezes, te buscam, fronteiriços... Descerram-se-te à visão, na fadiga dos pais que a dor imanifesta suplicia e consome; no desencanto dos companheiros tristes que carregam no peito o próprio sonho em cinzas; no problema do filho que a revolta desgasta; na prova dos irmãos que sorriem chorando para que lhes não vejas os detritos da mágoa...

Se já podes ouvir o Excelso Semeador, semeia, semeia!...

Sabes que a caridade, é o sol que varre as sombras; trazes contigo o dom de esparzir o consolo; podes pronunciar a palavra da bênção; consegues derramar o que sobra da bolsa, transformando a moeda em prece de alegria; guardas o braço forte que levanta os caídos; teus dedos são capazes de recompor as cordas que o sofrimento parte em corações alheios, afinando-as no tom da música fraterna; reténs o privilégio de repartir com os nus a roupa que largaste; nada te freia as mãos no socorro ao doente; ninguém te impede enfim, de construir na estrada o bem para quem passa e o bem dos que virão...

Não te detenhas, pois, no vazio das trevas!...

Planta a verdade e a Luz, o júbilo e a bondade.

Se percebes a voz do Excelso Semeador, escutá-lo-ás, a cada passo, rente aos próprios ouvidos, a dizer-te confiante:

- Trabalha, enquanto é tempo e semeia, semeia!..


Emmanuel


Do livro "Opinião Espírita", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos espíritos Emmanuel e André Luiz.

Lei de Liberdade..


Lei de Liberdade


Liberdade de Pensar e de Consciência


A liberdade de pensamento e de ação, constituem atributos essenciais do Espírito, outorgados por Deus ao criá-lo.

A liberdade de pensar é sempre ilimitada, porquanto ninguém pode domar o pensamento alheio, aprisionando-o. Assim ensinam os Espíritos [LE-qst 833] ao responderem que “no pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como pôr-lhe peias. Pode-se-lhe deter o vôo, porém, não aniquilá-lo.” Quando muito, ainda pela inferioridade e imperfeição de nossa civilização, tenta-se conter a manifestação exterior do pensamento, ou seja, a liberdade de expressão.

Se há algo que escapa a qualquer opressão é a liberdade de pensamento.

Somente por ela pode o homem gozar de liberdade absoluta. Ninguém consegue aprisionar o pensamento de outrem - embora possa entravar-lhe a liberdade de exprimi-lo.

Pela ação da lei do progresso, a liberdade, em todas as suas modalidades evolui, especialmente a liberdade de pensar, pois atualmente já não vivemos na época do “crer ou morrer”, como acontecia nos tempos da Inquisição ou Santo Ofício.

Na verdade, de século para século, menos dificuldade encontra o homem para pensar sem peias e, a cada geração que surge, mais amplas se tornam as garantias individuais no tange à inviolabilidade do foro íntimo.

Evidencia-se bem distinta a liberdade de pensar e de agir, pois enquanto a primeira se exerce com maior amplidão, sem barreiras, a última padece de extensas e profundas limitações.

Apesar de a liberdade de pensar ser ilimitada, ela depende do grau evolutivo de cada Espírito, na sua capacidade de irradiação e de discernimento. À medida que um Espírito progride, desenvolve-se-lhe o senso de responsabilidade sobre seus atos e pensamentos.

“A toda criatura é concedida a liberdade de pensar, falar e agir, desde que essa concessão subentenda o respeito aos direitos semelhantes do próximo.

Desde que o uso da faculdade livre engendre sofrimento e coerção para outrem, incide-se em crime passível de cerceamento daquele direito, seja por parte das leis humanas, sem dúvida nenhuma através da Justiça Divina.

Graças a isso, o limite da liberdade encontra-se inscrito na consciência de cada pessoa, que gera para si mesma o cárcere de sombra e dor, a prisão sem barras em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, ou as asas de luz para a perene harmonia.”

O limite da nossa liberdade está, portanto, determinado onde começa a do próximo.

“Em todas as relações sociais, em nossas relações com os nossos semelhantes, é preciso nos lembremos constantemente disto: Os homens são viajantes em marcha, ocupando pontos diversos na escala da evolução pela qual todos subimos. Por conseguinte, nada devemos exigir, nada devemos esperar deles, que não esteja em relação com seu grau de adiantamento.“

Logo, o Espírito só está verdadeiramente preparado para a liberdade no dia em que as leis universais, que lhe são externas, se tornem internas e conscientes pelo próprio fato de sua evolução. No dia em que ele se compenetrar da lei e fizer dela a norma de suas ações, terá atingido o ponto moral em que o homem se possui, domina e governa a si mesmo.

Daí em diante já não precisará do constrangimento e da autoridade social para corrigir-se. E dá-se com a coletividade o que se dá com o indivíduo. Um povo só é verdadeiramente livre, digno de liberdade se aprendeu a obedecer a lei interna, lei moral, eterna e universal que não emana nem do poder de uma casta, nem da vontade das multidões, mas de um Poder mais alto. Sem a disciplina moral que cada qual deve impor a si mesmo, as liberdades não passam de um logro; tem-se a aparência, mas não os costumes de um povo livre.

Tudo o que se eleva para a luz eleva-se para a liberdade.

** Prelúdio de uma Saudade.. **

[...] Sorrir entre lágrimas éh conquistar a felicidade entre os espinhos.. [...]