"Quando um homem começa a aprender,ele nunca sabe claramente quais são seus objetivos.Seu propósito é falho, sua intenção vaga.Espera recompensas que nunca se materializarão,pois não conhece nada das dificuldades. Devagar começa a aprender... O que aprende nunca é o que imaginava, de modo quecomeça a ter medo. E assim ele se depara com seuprimeiro inimigo, que permanece oculto em todas as voltasdo caminho, rondando, à espreita. Um homem que venceo medo, fica livre dele o resto da vida, porque em vez de medo,ele adquiriu a clareza.
Então o homem já conhece seus desejos,sabe como satisfazê-los. Uma clareza cerca tudo e o homemsente que nada lhe oculta. E assim ele encontra seusegundo inimigo: a clareza, que é tão dificil de obter,elimina o medo, mas também cega. Ela obriga o homema nunca duvidar de si, dá-lhe segurança para fazer o quebem entender, mas tudo isso é um engano, é como umacoisa incompleta.
O homem deve enfrentar a clareza,pensando que ela é quase um erro e assim ele compreenderáque ela é apenas um ponto distante da sua vista. Assim ele terá o verdadeiro poder, um aliado que estarásempre as suas ordens, e que é o terceiro e o mais fortede seus inimigos, pois pode transformar o homemem alguém cruel e caprichoso. Um homem sem domínio sobre o poder, ignorante de como e quando deve usá-lo,transforma o poder em uma carga de seu destino.
O homem deve compreender que o poder que parece ter adquirido,na verdade nunca é seu. O homem estará, então,no fim de sua jornada do saber e quase sem perceber encontraráseu último inimigo: a velhice, um inimigo que ele nunca conseguirá derrotar completamente, mas apenas afastar... Depois de tudo controlado, o homem sente um terrível desejode descansar... Mas se o homem sacode sua fadiga,e vive o seu destino completamente, então poderá ser chamadode um homem de conhecimento, nem que seja no breve momentoem que ele consegue lutar contra seu último inimigo invencível."
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